27 de Abril de 2021 às 14:08

Empregados da Caixa em Campo Grande e região paralisaram as atividades nesta terça-feira, dia 27

Mobilização

Nesta terça-feira, dia 27 de abril, os empregados da Caixa em todo país paralisaram as atividades por 24 horas. Essa mobilização, aprovada em assembleia pela categoria, é uma reação aos constantes ataques aos direitos dos trabalhadores e ao banco 100% público.  

Apesar da liminar em favor da direção da Caixa, que determinava que fossem mantidos, em serviço, 60% dos empregados, o movimento não perdeu força e parte da categoria teve o direito de cruzar os braços. 

“Era esperado essa judicialização por parte da direção do banco. A Caixa está disposta a tudo para destruir o patrimônio que é público e destruir os direitos dos empregados conquistados duramente por anos. Mas a maioria dos trabalhadores entendeu a importância de se mobilizar, de participar desse dia de luta e contribuir com a luta, para que a gente mantenha a Caixa 100% pública e os nossos direitos”, ressaltou a presidenta do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS  e Região, Neide Rodrigues.

 

Leia mais: Comunicado aos bancários da Caixa Econômica Federal sobre liminar referente à paralisação

Em Campo Grande, os dirigentes sindicais estavam presentes na maioria das agências, dialogando com a população e explicando os motivos deste movimento. 

“Nós estamos tratando de um banco com 160 anos de história, um banco 100% público, que sempre foi instrumento de política pública para desenvolvimento do país. Mas precisamos entender que o processo de privatização leva ao encarecimento de qualquer possibilidade de empréstimos, concessões habitacionais e recursos para a área de educação, porque passa a ser banco privado e o que o banco privado quer é lucro”, destacou o bancário da Caixa e secretário de Relações Sindicais e Saúde do sindicato, Everton Espindola.

Leia mais: Os motivos para a paralisação dos empregados da Caixa

 

Esse movimento dos empregados da Caixa também cobra melhores condições de trabalho e de atendimento à população, por meio de mais contratações, proteção contra a Covid-19 e vacinação prioritária para os empregados do banco, além do pagamento  correto da PLR Social. 

“Desde o início da pandemia, os empregados da Caixa estão na linha de frente, expostos ao coronavírus, enfrentando jornadas exaustivas de trabalho e cobrança de metas desumanas. Sem condições de trabalho e sem funcionários suficientes nas agências, a população é drasticamente prejudicada pela demora no atendimento, e acaba enfrentando longas filas, principalmente em época de pagamento do auxílio emergencial”, comentou Neide Rodrigues 

 

A greve de 24 horas também alerta sobre as ações do Governo Federal e da direção da Caixa que buscam caminhos para vender o banco público em fatias, a partir da venda das subsidiárias, começando pela Caixa Seguridade, nesta quinta-feira, dia 29 de abril. E também a devolução antecipada dos IHCDs, de cerca de R$ 35 bilhões, que vai descapitalizar o banco, comprometendo a sua sustentabilidade financeira e impossibilitando investimentos no país. 

“A Caixa é um banco público que dá lucro, tem uma história muito preponderante no desenvolvimento do país e é isso que a gente luta, para continuar um patrimônio público”, disse o sindicalista Everton Espindola.

 

“A Caixa é importante para o país. Sem essa instituição pública, podemos ter grandes prejuízos. Em 2020, ficou ainda mais evidente a importância do banco, dos seus empregados, da sua função social, para o Brasil e os brasileiros. Foram os empregados da Caixa que pagaram o auxílio-emergencial para milhões de pessoas em meio a uma pandemia”, concluiu a presidenta do sindicato. 

Leia mais: Saiba porque os IHCDs são tão importantes para a Caixa e o país

As manobras para desmontar a capacidade da Caixa 100% Pública

Por: Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS
Fotos: Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação

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