27 de Outubro de 2015 às 12:46

Fomos à luta e garantimos conquistas

Artigo

Por Cicero Roberto dos Santos,


Aos

Colegas da Caixa,

Apesar da conjuntura econômica e política, mesmo sem crise para os bancos , mais uma vez tivemos que ir a luta para garantir nossas conquistas. A conjuntura foi usada  pelos banqueiros para nos oferecer uma proposta rebaixada. Não aceitamos e resistimos. Fomos à greve com uma forte adesão de todos os empregados em todas as unidades,  mas chegamos ao limite.

Ninguém gosta de fazer greve mas é o último recurso que temos. No setor financeiro, apesar dos lucros, todos os anos somos empurrados para a greve e só através dela conseguimos avançar, ou às vezes, não perder. Nossa CCT vale por um ano e  todos os anos, além de brigar para conquistar, temos também que brigar pela renovação das cláusulas que já conquistamos.

Embora não tenha sido a proposta dos sonhos,  avançamos e garantimos as conquistas dos anos anteriores, mas chegamos ao limite da negociação e da mobilização.

Com a força da nossa greve conseguimos avançar no índice partindo de 5,5% para 10% que garantiu a reposição da inflação, pois os banqueiros sempre fizeram propostas rebaixadas com perdas. Melhoramos também no ticket alimentação com reajuste de 14% e a manutenção da PLR.

Na Caixa garantimos a PLR Social, o fim do intervalo de 15 minutos para as mulheres, Sáude Caixa, fim do GDP e a manutenção das cláusulas dos ano anterior.

Infelizmente não avançamos nas contratações, uma reivindicação de TODOS os  empregados da Caixa que estão sobrecarregados nas unidades. Não houve autorização  do DEST/Ministério do Planejamento para contratar. O movimento sindical continuará cobrando da Caixa o cumprimento do ACT sobre contratações, tesoureiros, jornada e outros itens que a Caixa assina e depois não cumpre. Também continuaremos a campanha pela isonomia e mais Empregados Para a Caixa e Mais Caixa para o Brasil.

Ainda temos muito a conquistar e com certeza com esse ritmo de participação  no próximo ano avançaremos  mais.

Mesmo com a tecnologia, o modelo de mercado predador, a rotatividade nos bancos, terceirização,  enfim,  vários outros fatores que tornam a nossa luta cada vez mais difícil, o que nos motiva ainda é que pensamos no coletivo e com certeza muitos bancários também pensam.

Ainda bem que temos muitas pessoas que ainda acreditam na CAUSA e vão à LUTA, porque nada nos é dado sem luta. Todos os benefícios que temos foram conquistados ao longo de vários anos de luta.

PARABÉNS  a todos os que participaram da NOSSA LUTA e àqueles que não puderam participar em função de suas atribuições mas apoiaram em todos os momentos.

Cicero Roberto dos Santos, é empregado da Caixa em Campo Grande-MS e diiretor de Finanças SEEB/CG-MS

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