11 de Abril de 2017 às 09:09
Caixa
Na última sexta-feira (7), 48 horas após o questionamento público feito pela Fenae, a Funcef divulgou o cronograma de pagamentos de resgates para participantes que aderiram ao Plano de Demissão Voluntária Extraordinário (PDVE) da Caixa. A Fundação informou em comunicado que vai “antecipar os pagamentos” a partir do dia 25 de abril, ainda que o início do período de desligamento dos empregados tenha começado em 14 de fevereiro.
O cronograma prevê o pagamento dos resgates somente para o Novo Plano, o que deverá ocorrer em duas parcelas: uma referente às contribuições feitas até dezembro de 2016 e outra relativa aos três primeiros meses de 2017. Estão programados dois lotes a cada mês até que a demanda seja normalizada. A Funcef informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que estuda um índice de atualização para os resgates dos participantes do REB.
A Diretoria de Benefícios informou que começou a processar os pedidos retidos, e o primeiro lote de pagamentos deve incluir 180 participantes. Questionada, a Funcef afirmou que “considera o cronograma anunciado como adequado”. “Parte dos empregados que se desligaram a partir de fevereiro terá que aguardar para receber no final de abril uma parcela do resgate, e os demais ainda poderão esperar por meses”, alerta a diretora de Administração e Finanças da Fenae, Fabiana Matheus.
Resgate do acumulado em 2017
A Fundação informou também que as contribuições feitas nos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano não entrarão no cálculo e serão pagas posteriormente, em resgate complementar, devido às cotas dos planos, que ainda não foram atualizadas. Segundo a Funcef, o resgate complementar poderá ser solicitado depois que o balanço de 2016 for aprovado. “Essas condições não foram informadas aos participantes antes da adesão ao PDVE”, adverte a diretora da Fenae.
Antes do PDVE, Funcef já sabia que não poderia liberar o resgate
Em matéria publicada na última quarta-feira (5), a Fenae questionou as alegações da Funcef de que estava impedida de realizar os pagamentos dos resgates porque, para fechar o balanço de 2016, aguardava a entrega de um laudo da Eldorado Brasil Celulose “o que ainda não tem data definida para ocorrer, dada a investigação em andamento da Operação Greenfield da Polícia Federal”. Como alertou a Fenae, os fatos já eram de conhecimento dos gestores da Funcef no final do ano passado, portanto, antes do lançamento do PDVE, dado que a Eldorado já foi alvo de denúncias publicadas na imprensa feitas por um diretor da Fundação que também é membro do Conselho de Administração da empresa.
“Como membro do conselho da Eldorado, a Funcef já sabia que a empresa não tinha o laudo e que isso impediria o pagamento dos resgates aos participantes que aderiram ao PDVE. A Funcef tinha obrigação de informar que os trabalhadores seriam obrigados a aguardar”, critica o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.
Fonte: Fenae
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