4 de Abril de 2017 às 12:22
Caixa
Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação
O governo de Michel Temer vem, a cada dia, colocando em prática a política de desmonte das empresas públicas, como a Caixa Econômica Federal. Além de extinguir 2.480 postos de trabalho em 2016 e a intenção de fechar 120 unidades em todo país neste ano, o banco teve lucro líquido contábil de R$ 4,1 bilhões. Trata-se de queda de 41,8% em relação a 2015 e um resultado bem abaixo da projeção de R$ 6,7 bilhões feita no final do terceiro trimestre.
O Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região está encaminhando, junto com a Contraf-CUT, uma solicitação de esclarecimentos sobre a projeção do lucro e o lucro real de 2016, além dos impactos aos trabalhadores.
Com o lucro do ano passado, os bancários foram impactados negativamente com o pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Empregados com salários menores receberam, em média, de R$ 200 a R$ 300 na segunda parcela da PLR.
O teto de PLR a ser distribuído na Caixa é de até 19% do lucro líquido (teto de 12,8% da regra básica mais 2,2% da regra adicional mais 4% da PLR Social). Como a Caixa projetou um lucro muito maior do que o apurado, o valor pago na primeira parcela praticamente atingiu os 19%.
Para as entidades sindicais, o enfraquecimento da Caixa passa obrigatoriamente pela desvalorização dos seus empregados. Por isso, é muito importante a unidade dos trabalhadores da Caixa para impedir os ataques aos empregados e o sucateamento do banco que ainda é 100% público.
Link: https://sindicario.com.br/caixa-economica-federal/sindicato-cobra-da-caixa-esclarecimentos-sobre-pagamento-da-plr-e-resultado-do-lucro-de-2016/