Caixa Econômica Federal

Reginaldo de Oliveira / Martins e Santos Comunicação

Nesta quarta-feira (20), entidades sindicais de todo país que representam os trabalhadores dos bancos – inclusive o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região – protestaram contra a retirada do adicional de insalubridade dos avaliadores de penhor da Caixa Econômica Federal.

O sindicato realizou manifestações em três agências de Campo Grande que têm esse serviço de penhor. Os dirigentes sindicais entregaram uma Carta Aberta (clique aqui e leia) aos bancários e aos clientes alertando sobre essa grave situação dos avaliadores de penhor.

Na agência da Avenida Afonso Pena, o bancário Calvino Júnior – que trabalha no setor de penhor – se mostrou indignado com essa decisão unilateral da Caixa. “Não houve diálogo, simplesmente o banco decidiu cortar esse adicional de insalubridade. Se não fosse a forte pressão das entidades sindicais, já tinham cortado”, comentou.

Calvino ainda mostrou os EPIs (equipamentos de proteção individual) disponibilizados para os bancários desse setor, mas disse que são inadequados para dar condições de trabalho salubres. “Além da discussão deste adicional, é preciso debater a questão de melhorar as condições de trabalho. Os EPIs não nos protegem ao manusear os ácidos e produtos químicos para avaliar as peças”.

O corte do adicional foi anunciado pela Caixa Econômica Federal no dia 5 de julho, mas houve recuo depois da mobilização dos empregados e pressão das entidades representativas, ficando o pagamento do benefício assegurado para julho – correspondente a 40% do salário mínimo (R$ 352). A decisão, segundo a Caixa, é amparada em laudos técnicos de empresas especializadas que consideram que os ambientes nas unidades que dispõem desse serviço não apresentam risco a esses trabalhadores.

Agora, as entidades representativas vão contratar novas perícias técnicas para avaliar o ambiente de trabalho dos avaliadores de penhor e, no dia 11 de agosto, voltarão a ser reunir com a Caixa.

“Além da precarização nas condições de trabalho, agora a Caixa decide não pagar mais o adicional de insalubridade a esses trabalhadores. Precisamos nos mobilizar para não deixar que mais esse direito dos bancários seja retirado”, comentou o presidente do sindicato, Edvaldo Barros. Ele reforçou ainda que o impacto financeiro para o banco é pequeno com o pagamento deste adicional, já que o número de bancários que trabalha  no setor é muito pequeno, em Campo Grande, por exemplo, são pouco mais de 15 trabalhadores.

Dia Nacional de Luta

No próximo dia 3 de agosto, os trabalhadores do banco público e entidades sindicais realizam um Dia Nacional de Luta pela Caixa 100% Pública, por Contratação e contra a Retirada de Direitos na Caixa.

Por: Tatiana Martins/Martins e Santos Comunicação