Campanha Nacional 2015

Do total, 1.199 unidades estão paradas nas bases dos sindicatos filiados à Federação Centro Norte. Categoria exige nova proposta que contemple suas reivindicações

No terceiro dia da greve nacional, os bancários ampliaram a paralisação nesta quinta-feira 8, fechando 10.369 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 Estados e no Distrito Federal, segundo levantamento nacional realizado pela Contraf-CUT, para exigir que os bancos apresentem uma proposta que contemple aumento real de salário, proteção ao emprego e à saúde, combate às metas abusivas e ao assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades. A greve também cresceu nas bases representadas pela Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN), onde 1.199 agências foram paralisadas nesta quinta-feira – aumento de 29,3% em relação à terça-feira 6, primeiro dia greve.

A greve nacional, que cresceu 65% desde o dia 6, foi deflagrada depois que os bancários rejeitaram em assembleias realizadas dia 1º de outubro a proposta apresentada pelos bancos, que além de ignorar as demandas sociais da categoria ofereceram apenas 5,5% de reajuste, o que é 4% a menos que a inflação do período, mais um abono de R$ 2.500,00. Veja no final o que os bancários reivindicam e o que os bancos propõem.

"A ampliação da greve deve-se à indignação crescente dos bancários diante da provocação dos banqueiros. Tiveram lucro de R$ 32,6 bilhões só no primeiro semestre, aumento de 27% em relação ao ano passado, o que significa a maior rentabilidade do sistema financeiro mundial, graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários. Dão reajuste de até 81% a seus altos executivos,  aumentam as tarifas em até oito vezes o índice da inflação, mas querem rebaixar os salários de seus trabalhadores”, critica José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN e membro do Comando Nacional dos Bancários.