9 de Setembro de 2016 às 14:38
Negociação Salarial
Crédito: Jailton Garcia / Contraf-CUT
O Comando Nacional dos Bancários rejeitou na mesa de negociação a nova proposta apresentada pela Fenaban, nesta sexta-feira (9), quarto dia da greve nacional da categoria, que eleva de 6,5% para 7% o reajuste do salário (2,39% abaixo da inflação), da PLR e demais verbas salariais e aumenta o abono para R$ 3.300, mas continua ignorando as reivindicações sobre emprego, saúde, condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região e integrante do Comando Nacional, Edvaldo Barros, essa proposta não atende as reivindicações da categoria e continua muito abaixo do que os bancários merecem. “A Fenaban precisa apresentar uma proposta que realmente contemple toda a categoria, além da remuneração, tratar do emprego, saúde, condições de trabalho, igualdade de oportunidades e segurança. A insatisfação dos bancários é muito grande e a adesão a greve deve ser intensificada nos próximos dias”, ressalta Edvaldo.
Nova rodada de negociação foi marcada para a terça-feira 13 de setembro, às 14, em São Paulo.
Reunião do Comando Nacional para discutir a proposta da Fenaban
“E deixamos mais uma vez claro para os banqueiros que os bancários insistem no aumento real e na valorização do piso e não aceitam trocar reajuste por abono, porque essa é uma armadilha que traz perdas presentes e futuras para a categoria, como já ocorreu na década de 1990 durante os governos de Fernando Henrique Cardoso. Esperamos que no dia 13 os bancos apresentem uma proposta que contemple nossas reivindicações”, disse José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN e integrante do Comando Nacional.
Segundo cálculo do Dieese, com a política de reajustes abaixo da inflação e concessão de abonos, de 1995 a 2002 (os dois governos FHC), os bancários dos bancos privados tiveram perdas de 4,60% nos salários, os do Banco do Brasil 33,53% e os empregados da Caixa 37,38%.
Proposta
Os trabalhadores reivindicam reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,78% de correção da inflação. Além do aumento, a categoria pede: combate às metas abusivas e ao assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias; e auxílio educação.
Por: Fetec-Cut-CN/Martins e Santos Comunicação
Link: https://sindicario.com.br/campanha-nacional-2016/bancarios-rejeitam-na-mesa-nova-proposta-da-fenaban-de-7/