15 de Agosto de 2024 às 12:14
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Na manhã desta quinta-feira, 15 de agosto, o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região participou de mais um dia nacional de luta, desta vez para pressionar os bancos para a entrega de uma proposta digna e global para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) na próxima mesa de negociação.
Durante o ato, que ocorreu em frente à agência da Caixa Econômica Federal, localizada na esquina das ruas 13 de Maio e Cândido Mariano, no centro de Campo Grande, os diretores colocaram faixas, cartazes e entregaram informativos à população para propor a reflexão de como a ganância dos bancos pode interferir não só no trabalho da categoria bancária, mas também para os clientes que utilizam dos serviços prestados.
O presidente em exercício do SEEBCG-MS, Rubens Jorge Alencar, afirma que os trabalhadores e trabalhadoras esperam por propostas que atendam suas demandas e estão preparados para reivindicar seus direitos.
“Estamos hoje em um movimento nacional de luta para mostrar aos bancos que, se eles não apresentarem uma proposta decente as nossas reivindicações, como aconteceu na última reunião, os bancários e bancárias estão dispostos a se mobilizar e, se necessário, fazer o enfrentamento”, afirma o presidente.
A próxima reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban será na terça-feira, dia 20. Os bancos estão com a minuta de reivindicações da categoria desde o dia 18 de junho. Até agora, já foram realizadas sete rodadas de negociação.
Leia mais: Fenaban chega na mesa sem proposta de aumento salarial
Reivindicações da categoria por tema
Cláusulas econômicas
- Aumento salarial acima da inflação (reposição da inflação, pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%).
- Melhorias na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Dieese alerta que os percentuais de distribuição da PLR dos bancos caíram ao longo dos últimos anos, mesmo após reajustes, introdução da parcela adicional e mudanças de parâmetros dos cálculos de distribuição. Além disso, a distribuição da participação nos lucros não vem acompanhando o crescimento dos lucros no setor, ficando, na maioria dos bancos, abaixo do teto de 15% previsto na CCT.
- Aumento nas demais verbas, incluindo VA/VR, auxílio babá e auxílio creche.
Cláusulas sociais
- Igualdade de oportunidades e igualdade salarial, entre gênero e raça.
- Mais mulheres no setor de Tecnologia da Informação (TI) dos bancos.
- Olhar especial para bancárias e bancários transexuais, dada a vulnerabilidade social desse grupo com menor expectativa de vida no país, por conta da violência e preconceito que também dificultam o acesso e permanência no mercado de trabalho.
- Combate ao assédio moral e sexual.
Saúde
- Direito às pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes, para que tenham garantia de ambiente de trabalho adaptado e condições de ascensão profissional.
- Direito à desconexão.
- Combate à gestão por metas abusivas e que impacta na saúde e nas condições de trabalho.
E ainda
- Garantia de emprego e dos direitos conquistados.
- Fim das terceirizações.
- Jornada de quatro dias.
- Ampliação do teletrabalho.
- Retorno da homologação nos sindicatos, para que as entidades possam acompanhar de perto todo o processo, e garantir direitos dos desligados.
- Qualificação e requalificação profissional, sobretudo diante da revolução tecnológica.
- Indenização adicional em caso de demissão.
- Garantias para mães e pais de PCDs, quando necessitarem acompanhar filhos nos atendimentos médicos e educacionais.
- Segurança nos ambientes físicos e digitais do sistema financeiro.
Por: Comunicação SEEBCG-MS