11 de Setembro de 2008 às 11:59

Emprego cresce pouco nos bancos

Segmento tem um dos piores desempenhos quando o tema é a ampliação dos postos de trabalho

São Paulo - A economia brasileira gerou 203.218 novos postos de trabalho em julho, elevando para 1.564.606 o número de novos empregos nos sete primeiros meses de 2008, segundo o balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
 
Mas os bancos, apesar dos lucros, contrataram 16.403 trabalhadores no período, aumento de apenas 2,88% – metade da elevação média de emprego da economia. Um percentual muito baixo, apesar de o setor bancário ser o mais lucrativo entre as empresas de capital aberto. Segundo a consultoria Economatica, enquanto as empresas cresceram 8,97% em 2008, comparado com o primeiro semestre do ano passado, nos bancos a elevação chegou a 13,1%.
 
“Os bancos estão devendo aos trabalhadores, à sociedade. Precisam contratar mais, gerar empregos, melhorar os serviços e as condições de trabalho para os bancários que estão dentre os empregados que mais adoecem devido ao ritmo absurdo imposto no dia-a-dia”, diz o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.
 
Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra o quanto as condições de trabalho têm piorado ao longo dos anos, devido à falta de funcionários. Entre 1993 e 2007, enquanto os números de contas-corrente e de poupança aumentaram em 133,2% e 63,74%, respectivamente, o número de bancários no país caiu de 655.211 para 430.839, uma redução em 35,1%.
 
Reivindicação – Um dos principais eixos da pauta de reivindicações da Campanha Nacional e que está em debate nas negociações com a Fenaban é a contratação de mais bancários, para aliviar a sobrecarga de trabalho, além da proteção do emprego, acabando com demissões e com a rotatividade.
 
Uma das exigências dos trabalhadores é a ratificação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) que impede demissões imotivadas. Além disso, é reivindicada a inclusão de duas novas cláusulas: criação de Comitês de Relações Trabalhistas em todos os bancos para a resolução de conflitos e a garantia de emprego de, no mínimo, três anos para todos os trabalhadores em caso de fusões.
 

Jair Rosa, do Seeb/SP
 

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