14 de Outubro de 2008 às 11:42

Greve entra no 7º dia com mais de 5 mil agências paradas

A greve nacional dos bancários completa sete dias nesta terça-feira, com mais de cinco mil agências paralisadas em todo o País. Todas as assembléias dos 148 sindicatos representados pelo Comando Nacional, realizadas nesta segunda-feira à noite, mantiveram a continuação da greve até que a Fenaban apresente uma proposta que contemple as reivindicações da categoria. A última base que ainda não havia entrado em greve, Blumenau (SC), também aprovou a paralisação.
 
O Ministério Público do Trabalho (MPT), que entrou com pedido de dissídio coletivo, convocou para esta terça-feira 14 audiência de conciliação entre o Sindicato de São Paulo, a Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em São Paulo. Os bancários estão programando manifestação em frente à sede do tribunal durante a reunião, que começará às 14h.
 
“Para atender à convocação, os bancários participarão da audiência de conciliação, mas é preciso deixar claro que a Contraf/CUT, por princípio, é contrária à interferência da justiça do trabalho nos conflitos entre capital e trabalho”, afirma Vagner Freitas, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. “A disputa entre trabalhadores e empresas deve ser resolvida na mesa de negociações, sem interferência do Estado”.
 
A greve se ampliou esta semana, apesar da truculência das empresas, que aumentam os pedidos de interdito proibitório e as ameaças aos trabalhadores para impedir o direito constitucional de greve. Em contrapartida, vários sindicatos do País estão conseguindo derrubar os interditos proibitórios na Justiça.
 
O Comando Nacional dos Bancários, em reunião realizada sábado em São Paulo, orientou pela continuidade da greve até que a Fenaban apresente uma proposta que contemple as reivindicações da categoria. O Comando fará nova reunião nesta quarta-feira 15.
 
Os bancários rejeitaram na semana passada proposta de reajuste de 7,5% apresentada pela Fenaban, por considerá-la insuficiente e não condizente com a alta rentabilidade do setor. Pela proposta, a PLR (participação nos lucros e resultados) seria inferior à paga no ano passado.
 
As principais reivindicações dos bancários são:
. 5% de aumento real (a proposta da Fenaban é de apenas 0,35%).
. Valorização dos pisos salariais.
. Aumento do valor e simplificação da distribuição da PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
. Vale-refeição de R$ 17,50.
. Cesta-alimentação equivalente a um salário mínimo (R$ 415,00).
. Fim das metas abusivas e do assédio moral
. Mais segurança nas agências.
. Mais contratações.
 

Contraf/CUT
 

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