16 de Setembro de 2011 às 11:33

Nesta sexta: Dia de mobilização por uma remuneração mais digna

Os bancários de todo o Brasil realizam nesta sexta-feira (16) um dia nacional de mobilização para cobrar remuneração digna dos bancos. Os trabalhadores cobram reajuste de 12,8%, PLR de três salários mais R$ 4.500, valorização dos pisos e das verbas, Plano de Cargos e Salários (PCS) e previdência complementar para todos os funcionários, dentre outras reivindicações.

As manifestações concluem três dias de uma jornada de luta definida pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, para mobilizar os trabalhadores, dialogar com a população e pressionar os bancos a apresentarem uma proposta global que contemple as demandas da categoria para a Campanha Nacional 2011.
"A participação de todos é fundamental, uma vez que essa mobilização antecede a apresentação da proposta global dos bancos, prometida para a negociação agendada para terça-feira (20)", destaca Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "Vamos pressionar os bancos para que tragam uma proposta com avanços sobre todos esses temas que preocupam o cotidiano dos bancários, a fim de que tenhamos emprego decente", ressalta.

A discussão sobre remuneração aconteceu na terceira rodada de negociações entre o Comando Nacional e a Fenaban, na última segunda-feira (12). Os bancos mantiveram sua postura intransigente e negaram todas as reivindicações apresentadas pelos representantes dos bancários.
"Nossas reivindicações são mais do que justas. Os bancos têm que retribuir o empenho de seus funcionários, principais responsáveis pelos lucros estrondosos, que alcançaram R$ 27,4 bilhões somente no primeiro semestre do ano", reitera Carlos Cordeiro.

Enquanto afirmaram que sete anos com aumento real é "muito tempo", a remuneração dos diretores e conselheiros de administração dos bancos não para de crescer. Em 2010, por exemplo, os altos executivos do Santander embolsaram cada um, na média, R$ 381 mil por mês; os do Bradesco, R$ 380 mil mensais; e os do Itaú Unibanco, R$ 486,6 mil (diretores) e R$ 85,4 mil (conselheiros).
"O Brasil é um dos países com maior diferença entre os salários. Aqui, um executivo de banco chega a ganhar 400 vezes a renda do piso de um bancário. É preciso modificar essa situação, que contribui para que mantenhamos uma vergonhosa posição entre as dez nações mais desiguais do mundo", sustenta o presidente da Contraf-CUT.

Veja as principais reivindicações de remuneração:

- Reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%).
- Piso igual ao salário mínimo do Dieese: R$ 2.297,51 (em junho).
- PLR de três salários mais R$ 4.500.
- Plano de Cargos e Salários (PCS) em todos os bancos.
- Gratificação semestral de 1,5 salário para todos os bancários.
- Contratação da remuneração total dos bancários.
- Vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio creche/babá: R$ 545 cada..
- Auxílio-educação para todos os bancários.
- Previdência complementar para todos os bancários.

Confira o calendário das negociações:

Dia 16 - negociação específica com o Banco da Amazônia
Dia 20 - quarta rodada de negociação com a Fenaban
Dia 20 - negociação específica com o Banco do Brasil
Dia 21 - negociação específica com a Caixa
Dia 21 - negociação específica com o Banco do Nordeste

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