7 de Março de 2018 às 22:10
Parabéns!
É sabido que as mulheres são a maioria na população brasileira. Das 205,5 milhões de pessoas, 51,5% são do sexo feminino. Mesmo sendo maioria, este grupo não tem privilégios, benefícios ou representatividade política como a outra metade da população. Recentemente, o governo Federal mostrou, mais uma vez, o desprezo pelas particularidades do mundo feminino ao propor igualar a idade mínima para aposentadoria entre homens e mulheres. A reforma da previdência só não foi aprovada por causa da pressão popular e das mobilizações nas ruas.
Média de ocupação feminina dos cargos eletivos no Brasil é hoje de 14%, uma das mais baixas taxas do planeta.
154% é a posição do Brasil em ranking da Inter-Parliamentary Union sobre representação feminina em parlamentos de 193 países.
Para cada 7 vereadores homens, temos apenas 1 vereadora mulher.
Em 2016, apesar das mulheres representarem mais da metade da população em idade de trabalhar, os homens preencheram 57,5% dos postos de trabalho.
As mulheres receberam, em média, R$ 1.836, o equivalente a 22,9% menos do que os homens (R$ 2.380).
Somando-se as horas dedicadas às atividades no domicílio (afazeres domésticos e cuidar das crianças) e à ocupação propriamente dita, as mulheres trabalharam mais do que os homens: 54 horas semanais contra 51,5 horas semanais.
Além de serem maioria entre os trabalhadores desempregados (59%), as mulheres também têm mais dificuldade de reinserção no mercado. Elas passam, em média, 15,25 meses à procura de emprego. Em relação aos homens, esta média reduz para 12,43 meses.
Fontes: SPC Brasil e CNDL; IBGE; TSE
No entanto, no setor bancário, essa disparidade de gênero tem sido combatida pelas entidades que representam os trabalhadores do ramo financeiro, como a Contraf-CUT, Fetec-CUT/CN e sindicatos, como o SEEBCG-MS.
No Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, por exemplo, a representação das mulheres na diretoria é de 43%. Dos atuais 61 diretores, 26 são do sexo feminino. São essas diretoras que lutam pela igualdade de oportunidades entre homens e mulheres.
Foi através desta luta que foram conquistados os seguintes direitos que beneficiam as mulheres:
O mais recente Censo da Diversidade dos bancários, divulgado em novembro de 2014 pela Fenaban, revelou que as mulheres são 49% da categoria, no entanto, ainda ganham 22,1% menos que os homens nos bancos e são apenas 8,4% dos cargos de direção.
Por tudo isso, é preciso continuar a luta pelas trabalhadoras brasileiras, que se desdobram nos seus postos de trabalho e em casa, como mãe, esposa ou filha. Vamos continuar unidas!
Link: https://sindicario.com.br/noticia/8-de-marco-dia-internacional-da-mulher-1/