Banco Bradesco

Nesta semana, o Bradesco anunciou o lançamento de uma conta corrente gratuita em seu banco digital, o Next, que não possui agência física. Após dois anos de desenvolvimento e investimento de milhões de reais em seu banco totalmente digital, o Bradesco busca retirar os clientes das agências físicas, diminuir o número de funcionários e unidades bancárias e, consequentemente, colaborar com a precarização do serviço bancário e atendimento ao cliente. 

Para o sindicato, o desrespeito do banco com seus funcionários vem crescendo cada vez mais. Nos últimos meses, aumentou o número de reclamações sobre a sobrecarga de trabalho, pressões abusivas, assédio moral, demissões sem justa causa e cobranças de metas por mensagem no telefone particular dos funcionários. 

“Não podemos aceitar o enxugamento do quadro de funcionários que sobrecarrega os bancários que continuam nas agências, as metas abusivas e as cobranças exageradas que colaboram com o adoecimento físico e psíquico dos bancários”, pontuou o secretário de Imprensa e Comunicação do SEEB-CG e funcionário do Bradesco, José dos Santos Brito. 

Mesmo em um momento de crise econômica, o Bradesco lucrou R$ 14 bilhões nos nove primeiros meses de 2017, em contrapartida, reforça o descaso com suas agências e funcionários. Apenas no ano passado, o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região precisou interditar duas agências do banco por falta de condições de trabalho. Em um dos casos, os bombeiros constataram o perigo de desabamento do teto da unidade bancária. 

Apesar dos resultados bilionários, o Bradesco ainda anunciou, em julho do ano passado, um Plano de Demissão Voluntária Especial (PDVE). Nos 9 primeiros meses de 2017, o banco eliminou mais de 9 mil postos de trabalho. 

“O banco está seguindo uma linha de um banco sem bancário, e isso prejudica o atendimento de qualidade, principalmente, para os clientes que precisam do apoio e da ajuda de funcionários nas agências físicas”, concluiu Brito.

Por: Daiana Porto/Assessoria de Imprensa do SEEB-CG