Banco Bradesco

Depois de denúncia do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, o Procon-MS flagrou clientes do Bradesco aguardando por mais de duas horas na fila para serem atendidos. O flagrante ocorreu na última terça-feira, dia 10 de julho, na agência da avenida Bandeirantes, e a multa pode chegar até R$ 50 por senha de atendimento.

Conforme leis estadual e municipal, as instituições bancárias são obrigadas a prestar atendimento dentro de no máximo 15 minutos.

A denuncia apontou que a agência estava funcionando com efetivo menor, provocando atraso no atendimento. Segundo o secretário geral do sindicato, José dos Santos Brito, o problema é resultado da fusão do HSBC e Bradesco. Com o fechamento da antiga agência do HSBC, que também ficava na Avenida Bandeirantes, cerca de 4 mil clientes foram encaminhados para a agência do Bradesco, que passou a administrar as contas bancárias de mais de 12 mil pessoas, mas com um quadro de pessoal reduzido e sobrecarregando, ainda mais, os bancários. 

“O banco não está respeitando o acordo firmado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), responsável pela autorização da fusão do HSBC e Bradesco, que em dois anos não iria diminuir as agências e nem a qualidade no atendimento aos clientes. Na prática, em seis meses, o banco fechou unidades e demitiu funcionários, inclusive os com problemas de saúde”, afirmou o secretário geral.

Para o presidente do SEEBCG-MS, Edvaldo Barros, os bancos lucram bilhões de reais, e, mesmo assim, continuam com a política de enxugamento.

“Na contramão da economia, os cinco maiores bancos lucraram R$ 77,4 bilhões em 2017, crescimento 33,5%, isso num dos piores anos da economia brasileira, e no primeiro trimestre de 2018, um lucro R$ 20,6 bilhões, um crescimento 20,4% em relação ao mesmo período de 2017. Enquanto isso, continuam demitindo, precarizando o atendimento e aumentando a sobrecarga de trabalho aos bancários”, ressaltou Edvaldo.

Irregularidades estruturais

Em fiscalização na agência do Bradesco da Avenida Bandeirantes, o sindicato também identificou irregularidades estruturais como paredes com rachaduras e ausência de banheiro interno para os clientes, e também está denunciando este caso ao Corpo de Bombeiros, Ministério Público do Trabalho e Prefeitura.

Por: Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS