18 de Outubro de 2017 às 12:02

Sindicato se mobiliza no Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa e dos associados da Funcef

Caixa

Nesta quarta-feira (18), o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região participa do ato nacional em defesa da Caixa e dos associados da Funcef. O Dia Nacional de Luta tem como objetivo defender os participantes do fundo de pensão, cobrar que a Caixa pague o contencioso judicial e lutar contra o PLP 268 (projeto que tramita na Câmara dos Deputados que substitui a representação dos trabalhadores por gestores de mercado nos fundos de pensão).

O ato aconteceu na agência da Superintendência Regional e os diretores do sindicato distribuíram material informativo que traz explicações sobre os problemas de gestão na Funcef, que geram déficit e trazem prejuízos aos funcionários e, ainda, colheram assinaturas para exigir da Caixa uma solução para o contencioso. No período da tarde, os dirigentes visitarão outras agências para divulgar informações sobre o Dia de Luta e colher assinaturas.

O banco terceiriza seu passivo trabalhista aos participantes da Funcef há pelo menos 20 anos, e o resultado disso é o maior fator de déficit nos planos da Fundação. O contencioso representa um prejuízo de R$ 2,4 bilhões, a ser pago pelos participantes. Para lutar contra essa conduta do banco e a passividade da Funcef, que não cobra da patrocinadora, os participantes lançaram a campanha "Contencioso: essa dívida é da Caixa". O objetivo é difundir informações, sensibilizar os órgãos fiscalizadores e pressionar a Caixa para que assuma sua responsabilidade.

“Estamos realizando esta mobilização nacional, pelas entidades sindicais, Fenae e Apcefs, para que a Caixa assuma a responsabilidade que tem com contencioso da Funcef. O contencioso é resultado de ações trabalhistas, o banco não pode transferir as responsabilidades trabalhistas para a Funcef e a seus participantes. Também estamos alertando os empregados e a sociedade do risco de abertura de capital da Caixa”, disse o secretário do SEEB-CG e funcionário da Caixa, Jadir Fragas.

 Jadir Fragas                                                                         Moisés Arguello

Bancos Públicos

O movimento sindical bancário está realizando atividades em defesa das empresas públicas, em especial dos bancos públicos em todas as quartas-feiras. A defesa dos bancos públicos é uma das resoluções da 19ª Conferência Nacional dos Bancários.

“Neste momento, os companheiros da Caixa estão realmente percebendo a intensificação das entidades sindicais e também estão abraçando essa causa participando do abaixo assinado contra a Nova Lei Trabalhista e contra o contencioso. Os bancários já estão tendo descontos de equacionamento e, com isso, os colegas estão realmente se engajando nessa nossa luta. Toda quarta-feira nós teremos uma ação em alguma unidade da Caixa, começando hoje pela superintendência e, depois, disseminar também pelo interior do estado para levar essa causa para todos os colegas”, reiterou o secretário de Finanças do sindicato e funcionário da Caixa, Moisés Graciliano Arguello.

                                                                                          Edvaldo Barros - presidente do SEEBCG-MS 

Na última semana (dia 6), jornal Valor Econômico informou que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, discutiram o novo estatuto do banco. Apesar do argumento de melhorar a governança, o objetivo real parece querer transformar a Caixa em Sociedade Anônima, o que abre espaço para a abertura de capital.

O presidente do SEEB-CG afirma que a preocupação em defesa da Caixa aumentou depois da reunião entre o ministro da Fazenda e o presidente do banco. “O movimento sindical tem realizado várias ações e as mobilizações dos bancários aumentaram depois da reunião em que o estatuto do banco foi discutido, justamente para privatizar. O movimento sindical está fazendo essa mobilização hoje em todo o Brasil, chamando a atenção tanto dos funcionários quanto da sociedade para lutar e manter a Caixa 100% pública”.

Ainda segundo Edvaldo, a reestruturação, o fechamento de agências, a redução das áreas estratégicas e os ataques aos trabalhadores e ao banco público também estão entre os objetivos da luta. “A Caixa é peça fundamental para o crescimento do país, ela precisa continuar cumprindo seu papel social, concedendo financiamento mais barato, aquisição da casa própria, financiamento estudantil, para ajudar as pessoas que realmente precisam, já que o capital privado não tem esse interesse. Todo o movimento sindical está empenhado e vamos lutar, com o apoio dos bancários e da população, para que essa privatização não aconteça”, finalizou Edvaldo.

Por: Daiana Porto/Assessoria de Comunicação do SEEBCG com informações da Contraf-CUT

Fotos: Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação

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