6 de Agosto de 2008 às 14:36

Após assaltos, Sindicato verifica estado de bancários de Costa Rica

BB e HSBC, assaltadas em Costa Rica, ousadia e violência na ação dos bandidos.

Após assaltos, Sindicato verifica estado de bancários de Costa Rica
 
Bancários das agências do Banco do Brasil e do HSBC de Costa Rica viveram um dia de terror na última segunda-feira (4 de agosto), quando dois grupos de assaltantes invadiram as unidades em uma ação criminosa, similar às que já foram registradas em Pedro Gomes entre 2006 e 2007. Seis pessoas foram feitas reféns, dentre eles policiais militares e seguranças. A ação chamou a atenção do Sindicato dos Bancários de Campo Grande/MS e Região, que enviou ao local diretores para avaliar o estado físico e emocional dos bancários e as atuais condições de funcionamento dos bancos.
 
O grupo de diretores foi composto por José dos Santos Coqueiro (Secretário de Finanças), Davi Silva Bonfim (Secretário de Informática), Leila Cristina Oliveira e Eliney Magalhães. A constatação foi de um cenário que ainda lembrava a ação dos bandidos, com tapumes de madeira substituindo portas de vidro que foram metralhadas, e bancários abalados, que necessitavam de apoio psicológico. “Lá, exigimos a emissão de CATs [Comunicados de Acidentes de Trabalho] aos bancários que não tinham condições de exercer as funções, por conta do impacto sofrido após o assalto”, afirmou Leila.
 
Psicólogos do HSBC e da Cassi foram designados para agir junto aos trabalhadores das duas instituições financeiras, com a possibilidade de que bancários tenham de ser trazidos à Campo Grande. Caso isso seja necessário, o Sindicato se prontificou a batalhar para que os mesmos recebam o devido atendimento. Pelo menos um funcionário do BB, que ficou sob a mira dos assaltantes, deverá receber atendimento especial.
 
Do ponto de vista da segurança, o que se constatou em Costa Rica é a ausência de amparo por parte do sistema público – a ponto que policiais plantonistas foram feitos reféns. “A insegurança é total, e infelizmente este não é um problema exclusivo de Costa Rica. Temos a impressão de que, a qualquer momento, qualquer cidade poderá ser alvo de bandidos”, lamentou Coqueiro, ao considerar que a ação foi premeditada, uma vez que os dois bancos assaltados são responsáveis pelo pagamento do funcionalismo municipal (HSBC) e estadual (BB), este último previsto para o dia seguinte ao crime.
 
Operação – Os crimes, conforme informações dos sites Hora da Notícia de Costa Rica e Campo Grande News, tiveram início às 15 horas, quando o primeiro grupo de bandidos invadiu a agência do Banco do Brasil, fechando a rua e rendendo dois policiais militares, dois fiscais estaduais e dois vigilantes – um de cada banco. Durante o assalto no BB, o acesso aos clientes foi impedido pelos criminosos. Pouco depois, a cena se repetiu no HSBC. Foram feitos vários disparos com fuzis.
 
O gerente do HSBC, Luiz Salvador, ficou ferido durante a ação. Ele foi atingido por um tiro de raspão na cabeça, disparado por um dos bandidos e que ricocheteou em uma porta e na parede. Os bandidos chegaram ao local com máscaras e armamento pesado, que incluía um fuzil AR-15. Depois do crime, eles seguiram com destino a Figueirão, à bordo de um automóvel do fisco estadual. Outro veículo usado na fuga foi queimado na altura do córrego Imbirussu. A ponte sobre o curso d’água também foi incendiada.
 
A ação lembrou crimes cometidos recentemente em Pedro Gomes, onde a agência do Banco do Brasil foi por duas vezes metralhada, e o dinheiro dos caixas, retirado. Os bandidos também chegaram atirando e fugiram para regiões ermas, incendiando veículos usados no crime.
 
Secretaria de Imprensa e Comunicação

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