3 de Junho de 2020 às 12:45

Atuação do movimento sindical garante direitos dos bancários durante pandemia

Movimento Sindical

No dia 11 de março, a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou estado de pandemia do novo Coronavírus (COVID-19). Já no dia seguinte (12.03), o Comando Nacional dos Bancários enviou comunicado à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) cobrando o início das negociações, para proteção ao emprego, à renda e à saúde dos bancários.

Desde então, além de fazer parte das negociações do Comando, o SEEBCG-MS tem tomado medidas regionais para conter a disseminação do vírus e proteger os bancários, seus familiares e os clientes em Campo Grande e região, cobrando da direção dos bancos e de outros órgãos do governo a adoção de práticas  eficazes em proteção à saúde dos trabalhadores e da população.

Os diretores do sindicato constantemente têm percorrido as agências bancárias do centro de Campo Grande para verificar se os bancos e os bancários estão cumprindo todas as medidas de segurança contra o coronavírus. Também distribuem máscaras para os clientes nas filas dos bancos.

 

“Mais do que nunca nossa preocupação é com a saúde e a vida do bancário e seus familiares. A união da categoria neste momento é muito importante, pois mesmo com uma pandemia ainda precisamos estar constantemente cobrando a manutenção dos nossos direitos”, pontuou a presidente do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues.

Unidade Nacional 

A unidade nacional da categoria tem sido fundamental para garantir diversos direitos, como o afastamento dos bancários pertencentes ao grupo de risco, a não demissão durante a pandemia maiores bancos privados e também o fornecimento de EPIs para todos os bancários: álcool em gel e máscara. Na Caixa Econômica, devido a grande quantidade de clientes em busca do pagamento do Auxílio Emergencial, foram instaladas ainda cabines de acrílico.

Atualmente, cerca de 300 mil dos 450 mil bancários do país estão em home office, alguns em esquema de revezamento, segundo a Febraban. “Estamos em processo de negociação permanente, o que possibilitou colocar muita gente em casa. Avaliamos que isso salvou muitas vidas. O momento agora é de pensar na saúde e na vida dos bancários que precisam trabalhar para atender a população”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Confira algumas conquistas dos bancários durante a pandemia:

  • Proteção à saúde e à vida, com afastamento de todos os trabalhadores pertencentes ao grupo de risco.

  • Teletrabalho para aqueles que desenvolvem atividades possíveis de serem realizadas remotamente.

  • Fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os trabalhadores que permanecem indo aos locais de trabalho.

  • Redução do horário de atendimento das agências, com possibilidade de realização de rodízio entre os funcionários destas unidades.

  • Manutenção do salário dos bancários, sem redução de jornada ou suspensão de contrato.

  • Compromisso de não demissão enquanto durar a pandemia no Bradesco, Itaú e Santander.

  • Redução dos impactos das Medidas Provisórias 927 e 936, com negociação dos pontos implementados pelos bancos.

  • Compromisso de realização de teste para diagnosticar a Covid-19, após o atendimento via telemedicina, para trabalhadores do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander.

  • Criação de um Comitê de Crise que recebe e avalia todas as denúncias e problemas enfrentados pelos trabalhadores.

Ação do MPF reforça pedido do Comando

No início de maio, reforçando o pedido do movimento sindical de descentralização do pagamento do auxílio emergencial, o Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação na Justiça Federal, com pedido liminar, para obrigar a União a disponibilizar o saque do auxílio emergencial em Mato Grosso do Sul por outras instituições da rede bancária nacional.

O pagamento do benefício exclusivamente pela Caixa Econômica Federal tem provocado aglomerações no entorno de agências, o que aumenta os riscos de transmissão do coronavírus e a descentralização do pagamento é uma das medidas reivindicadas pelo movimento sindical.

A presidente da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, lembrou que o pedido do Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul é uma reivindicação que o movimento sindical vem fazendo desde antes do início dos pagamentos.

“Nós sabíamos que a demanda seria muito grande e avisamos o Governo Federal e a Caixa. Enviamos ofício ao Ministério da Saúde falando dos riscos, conversamos com Febraban, Ministério Público Federal e Ministério Público do Trabalho. Os bancários da Caixa são heróis, vem fazendo um trabalho árduo, é por isso que o banco público é tão importante, mas é preciso descentralizar por uma questão de saúde para os trabalhadores e para a população”, explicou Juvandia.

Negociações e cobranças permanentes

Além de todos os direitos garantidos com a negociação permanente, os representantes dos bancários continuam cobrando, insistentemente, da Fenaban a suspensão das cobranças pelo cumprimento de metas e a revisão das metas durante a pandemia. Outro foco de cobrança permanente é a implementação de medidas efetivas para evitar aglomerações nas agências, sobretudo na Caixa Econômica Federal, e a manutenção dos protocolos de higiene e saúde em locais com casos confirmados de Covid-19.

Denuncie

O sindicato reforça o compromisso com a categoria e mantém um canal aberto para denúncias. Os bancários que perceberem que alguns colegas continuam não seguindo as normas ou se sentirem inseguros de algum modo com a falta de EPIs, podem denunciar diretamente para o sindicato no e-mail [email protected] ou pelo telefone dos dirigentes sindicais disponíveis aqui.

“Vamos continuar cobrando por nossos direitos e acompanhar o trabalho dos bancários de perto para garantir que todas as normas estejam sendo cumpridas. Quando necessário, iremos reforçar e conscientizar sobre a importância de se manter seguro. Isso faz parte da consciência coletiva e precisamos que todos respeitem”, destacou a presidente do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues.

As denúncias que surgirem serão encaminhadas ao Comando Nacional dos Bancários, que irá  cobrar da Fenaban o cumprimento do acordo.

Por: Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS com informações do SEEB/Curitiba

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