28 de Junho de 2011 às 10:18

Bancários apresentam à Caixa nesta terça proposta de critérios para promoção

A Contraf-CUT, federações e sindicatos apresentam nesta terça-feira (28) à Caixa Econômica Federal, durante rodada de negociação da mesa permanente, uma proposta de regras para promoção por mérito em 2011. A proposta foi fechada na terça-feira (21), no âmbito do Plano de Cargos e Salários (PCS), pela comissão nacional paritária para detalhamento de critérios e acompanhamento do processo de avaliação de desempenho e promoção por mérito na Caixa.


Os representantes dos trabalhadores conseguiram manter normas atuais, como a manutenção da nota de corte em 8.2 e dos percentuais de pontuação. Existe o consenso de que o critério de linha de corte como metodologia de avaliação, adotado por pressão e proposta das entidades representativas dos empregados, foi um grande facilitador para o aumento no número de trabalhadores promovidos.


No ano passado, por exemplo, dos 94% dos empregados promovidos com base na nova metodologia, 85,1% receberam um delta, enquanto 9,5% dos trabalhadores aptos às promoções tiveram direito a dois deltas. "Avançamos na questão da Universidade Caixa, conseguindo alterar a métrica de apuração", destaca Antonio Luiz Fermino, coordenador da Comissão Nacional Paritária.


Fermino lembra que em 2008 e 2010 os critérios somente foram conhecidos no fim do ano, não permitindo que os trabalhadores tomassem conhecimento com antecedência dos itens pelos quais estavam sendo avaliados. "A luta, portanto, é para que as regras sejam conhecidas no começo de cada ano", reivindica Fermino.


Em relação às regras ainda para 2011, o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE Caixa), Jair Ferreira, afirma que as negociações caminham para que o banco divulgue os critérios até final de julho. "Se acordado nas negociações, os empregados terão os elementos de avaliação apenas para os últimos seis meses do ano", lamentou.


Outro ponto fundamental que estará na pauta de reivindicações dos empregados, destaca Jair, é o fim da compensação manual dos cheques, que dentro dos próximos meses deverá ser feita de forma eletrônica. "Queremos saber qual será o destino dos bancários que realizam a atividade hoje e como ficam as condições de trabalho dos caixas das agências, que serão sobrecarregados já que passarão a executar a nova tarefa", afirma. Segundo o dirigente sindical, o banco deverá apresentar uma proposta sobre o assunto.

Fonte: Contraf-CUT

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