Notícias Gerais

Nesta quinta-feira, dia 16 de outubro, está sendo realizada a etapa estadual da II Conferência Nacional do Trabalho. O evento reúne representantes de trabalhadores, empregadores e do governo, além de instituições da sociedade civil, para discutir os desafios do mercado de trabalho e formular propostas que serão apresentadas na etapa nacional da Conferência, marcada para o dia 4 de março de 2026, em São Paulo.

Os bancários da base do SEEBCG-MS estão sendo representados pelos dirigentes sindicais Marcley Telles, Luciana Rodrigues, Patrícia Soares, Everton Espíndola e Vicente Cleber Aires Rodrigues.

Em seu discurso, a secretária do Ramo Financeiro do sindicato e secretária de Relações de Trabalho da CUT-MS, Marcley Telles, enfatizou que não adianta o estado crescer se a vida de quem constrói essa riqueza não melhorar de verdade. 

“Diante das transformações tecnológicas e estruturais do mundo do trabalho, não podemos aceitar que o aumento da produtividade se traduza apenas em mais lucro, sem o devido retorno para quem move a economia: o trabalhador e a trabalhadora. Precisamos fortalecer as políticas públicas de trabalho, emprego e renda no Brasil”, disse. 

Ela destacou as principais pautas defendidas pelo movimento sindical em prol dos trabalhadores: o fim da jornada de 6 por 1 sem redução salarial, remuneração justa e mercado de trabalho mais inclusivo e igualitário, com respeito às mulheres, jovens e diversidade. 

“O desafio dessa conferência é transformar as boas ideias que sairão daqui em ações concretas que mudem a vida do povo sul-mato-grossense. Que esta Conferência seja um marco de compromisso inabalável com um futuro de trabalho decente para todos em Mato Grosso do Sul”, concluiu.

De acordo com o Diagnóstico da Situação do Trabalho Decente em Mato Grosso do Sul (2025), 62,8% da população ocupada está em empregos formais, enquanto 37,2% ainda se encontra na informalidade. A taxa de desocupação é de 4,1%, uma das mais baixas do país, e o rendimento médio mensal dos trabalhadores é de R$ 3.102, valor superior à média nacional. O estado também registra avanços no trabalho decente, com taxa de desemprego juvenil de 8,2%, mas ainda enfrenta desafios, como a desigualdade salarial entre homens e mulheres e o trabalho infantil, que atinge cerca de 9,7 mil crianças e adolescentes.

A II CNT é um espaço democrático, paritário e tripartite de diálogo social, que busca construir diretrizes para fortalecer as políticas públicas de trabalho, emprego e renda no Brasil. 

Por: Comunicação do SEEBCG-MS