10 de Fevereiro de 2012 às 16:14

Bancários são contra fim de portas de segurança


Em nome de layout, instituições financeiras colocam em risco a vida de bancários, vigilantes e clientes
O Movimento Sindical Bancário repudia veementemente a medida anunciada por alguns bancos – como o Itaú Unibanco – de que estão retirando as portas de segurança com detector de metal das agências.
O Movimento Sindical foi surpreendido com a matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo desta quinta 9 de fevereiro, onde segundo a matéria, a retirada das portas está sendo motivada em virtude do grande número de processos judiciais por danos morais movidos por clientes que têm sofrido dificuldades no acesso às unidades bancárias. No entanto, muitos clientes são favoráveis a manutenção dos equipamentos.
Clique aqui e veja: Bancos começam a retirar porta giratória das agências
Clique aqui e veja: Contraf-CUT e CNTV rejeitam retirada de portas giratórias no Itaú e Bradesco
Para superar isso os bancos têm de fazer uma campanha de esclarecimento sobre a necessidade dos mecanismos de segurança para inibir a ação de marginais, jamais retirar as portas de segurança. Além disso, tem de haver investimento na modernização dos equipamentos, manutenção permanente para obter eficiência nos detectores de metal e garantir melhores condições de trabalho aos vigilantes como a redução de jornada, remuneração maior e garantir mais treinamento
Roubos – Dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo revelam que, em 2011, houve registro de 251 casos de roubo a bancos no estado de São Paulo, crescimento de 19% na comparação com o ano anterior. Além disso, são recorrentes os casos de assaltos a agências que não contam com a porta giratória. Em muitas situações bancários, vigilantes e clientes ficam à mercê de marginais como aconteceu recentemente em agências do Itaú, em Carapicuíba, e do Bradesco, em Itapecerica da Serra.
Mortes - Segundo levantamento da Contraf-CUT e da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), 49 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos em todo o país só no ano passado. Além disso, o descaso das instituições financeiras com os usuários das agências é tão gritante que, em dezembro de 2011, a Polícia Federal multou dez bancos em R$ 1,258 milhão por descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e normas de segurança, durante a 92ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (Ccasp) do Ministério da Justiça, em Brasília. Santander, Bradesco, Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Caixa Federal foram os mais punidos.
Retrocesso - O Movimento Sindical considera a retirada das portas giratórias como um retrocesso para a segurança de bancários e clientes. O equipamento reduz a incidência de assaltos violentos nas agências bancárias. A utilização do mecanismo não pode ser tratada como assunto de layout de agência ou torná-las “amigáveis”, mas sim com questão de segurança bancária.
O Movimento Sindical defende não só a manutenção da porta como a sua obrigatoriedade em todas as agências. E mais, que o dispositivo esteja em pleno funcionamento, com detector de metais, vidros blindados e manutenção permanente, além de funcionários devidamente treinados.
O Sindicato dos Bancários de Dourados e Região está inclusive fazendo levantamento em toda a base onde ainda há agência bancária sem porta de segurança e levando o assunto para as Câmaras Municipais, para criação de lei específica para obrigar os bancos a instalarem o mecanismo de segurança.
Fonte: Seeb-Dourados, com Seeb-SP

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