24 de Abril de 2025 às 09:54
Movimento Sindical
No próximo dia 29 de abril (terça-feira), em Brasília, o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, juntamente com diversas outras categorias de trabalhadores das cidades e do campo, participará da Marcha da Classe Trabalhadora.
Convocada pela CUT, juntamente com as demais entidades que fazem parte do Fórum das Centrais Sindicais, a marcha faz parte das atividades do 1º de Maio, Dia Mundial do Trabalhador e da Trabalhadora, e antecede uma série de ações estratégicas que serão realizadas até 2026 para fortalecer a atuação do movimento sindical.
A iniciativa, batizada de “Por um Brasil mais justo: Solidário, Democrático, Soberano e Sustentável”, é organizada pelas centrais CUT, CSB, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, Pública e Intersindical.
Após a Marcha da Classe Trabalhadora, será entregue um um documento com reivindicações aos presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, aos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, e do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Aloysio Corrêa da Veiga.
Entre as principais reivindicações que compõem o documento estão a redução da jornada de trabalho sem redução salarial; fim da escala 6×1; medidas contra a alta do custo de vida; isenção do Imposto de Renda para salários até R$ 5.000, com descontos para quem recebe até R$ 7.000; redução das taxas de juros; e incentivo à geração de empregos.
O documento também reforça a luta pela igualdade salarial e de oportunidades entre homens e mulheres.
Uma das principais reivindicações da Pauta da Classe Trabalhadora, a isenção do Imposto de Renda para salários até R$ 5.000, com descontos para quem recebe até R$ 7.000 - já apresentada pelo governo Lula como projeto de lei PL (1087/2025) - se aprovada no Congresso beneficiará boa parte da categoria bancária, significando até mesmo um 14º salário para muitos trabalhadores.
Isenção do IR até R$ 5 mil: medida do governo Lula precisa ser aprovada no Congresso
Se o projeto for aprovado:
Como o governo é obrigado pela legislação a propor medidas compensatórias para a perda de arrecadação com o aumento da faixa de isenção do IR, foi incluída no projeto de lei uma alíquota mínima de até 10% de IR para quem ganha mais de R$ 600 mil por ano e não paga IR, ou paga taxa abaixo do que é cobrado para esta faixa de renda.
Entram nessa conta (de mais R$ 600 mil por ano) salário, renda com aluguéis, dividendos e outros rendimentos (não entram na soma herança e venda de bens). Para os que ganham mais de R$ 600 mil ao ano, aplica-se uma alíquota que cresce gradualmente, até chegar a 10% para quem ganha R$ 1,2 milhão ou mais.
Mas essa regra só vai afetar 141 mil pessoas, que correspondem a 0,06% da população brasileira e 0,13% de todos os contribuintes do país. Hoje, a alíquota média destes contribuintes de alta renda é de apenas 2,54%.
Por: SP-Bancários
Link: https://sindicario.com.br/noticias-gerais/bancarios-vao-para-a-marcha-da-classe-trabalhadora-por-isencao-do-ir-e-reducao-da-jornada-de-trabalho/