13 de Abril de 2012 às 14:08

Bancos usam rotatividade para reduzir despesa de pessoal

Crédito: Contraf-CUT

A 12ª Pesquisa do Emprego Bancário, elaborada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e divulgada na quinta-feira 12, teve repercussão em todo o país. Além dos veículos de comunicação das entidades sindicais, houve notícias nas principais agências de notícias, sites, jornais e blogs.



O levantamento, feito a cada três meses com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, revelou que os bancos criaram 23.599 novos postos de trabalho em 2011, mas intensificaram a estratégia de reduzir a folha de pagamento por meio da rotatividade.



Os números mostraram que os admitidos receberam salários, em média, de R$ 2.430,57 inferiores ao dos desligados, de R$ 4.110,26, uma diferença de 40,87%. No ano anterior, a diferença era de 37,60%.

Em todos os setores da economia, essa diferença foi de 7,1% em 2011.

 

Clique aqui para acessar a pesquisa completa.

"Isso demonstra o acirramento da estratégia espúria dos bancos de utilizar a rotatividade para reduzir a despesa de pessoal", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

 

"É uma política que prejudica toda a categoria, deixando os bancários permanentemente em tensão por medo de demissões. Enquanto isso, os cinco maiores bancos registraram um lucro líquido de R$ 50,7 bilhões, em 2011, número 9,8% maior do que no ano anterior, e aumentaram a remuneração de seus executivos. É uma situação absurda", sustenta.

 

 

Fonte: Contraf-CUT

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