17 de Janeiro de 2012 às 09:54
Na véspera do início da primeira reunião no ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a autoridade monetária divulgou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de novembro, apontando alta em relação ao mês anterior. O indicador é visto por economistas ligados a bancos e a corretoras de valores como uma prévia dos dados do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no país no ano. O Copom inicia, nesta terça-feira (17) o encontro que decidirá, na quarta (18), o rumo da taxa básica de juros da economia, a Selic. Atualmente, a meta da Selic é de 11% ao ano. A expectativa é de que um corte de 0,5 ponto percentual seja aplicado, alcançando o nível mais baixo desde julho de 2010, quando estava em 10,25%. Segundo o IBC-Br, a economia brasileira voltou a crescer em novembro, interrompendo uma sequência de três quedas seguidas, com alta de 1,15% ante outubro. No acumulado de 2011 até novembro, a alta do IBC-Br ficou em 2,88%, enquanto o crescimento em 12 meses foi de 3,04%. O resultado de outubro foi revisado para baixo, mostrando agora queda de 0,50%, ante baixa de 0,32% na leitura anterior. A retomada do crescimento, depois de o país sentir os efeitos indiretos da crise econômica em países europeus e nos Estados Unidos, pode mudar o comportamento dos diretores do Banco Central para as reuniões seguintes do Copom, em março e abril. Informações próximas ao Ministério da Fazenda e ao Palácio do Planalto acreditam que a cúpula do governo federal gostaria de ver rapidamente o juro abaixo dos 10% ao ano. Em 2010, a economia do Brasil cresceu 7,5%. Para 2011, o resultado ainda não foi divulgado , mas são muitas as apostas de que tenha ficado até abaixo de 3%. O IBGE divulgará os resultados do ano passado em 1º de março. O IBC-Br leva em conta dados sobre o desempenho da agropecuária, da indústria e do setor de serviços. Pela semelhança ao cálculo do PIB pelo IBGE é que o índice é usado como prévia. No terceiro trimestre, o PIB brasileiro permaneceu estagnado na comparação com os três meses anteriores. Um conjunto de medidas foi promovido pelo governo para estimular a economia, especialmente o consumo das famílias com facilidades para expansão do crédito. O Copom agiu afinadamente à postura, promovendo três cortes seguidos de 0,5 ponto em cada reunião. A solidez do mercado de trabalho, impulsionado pelos reajustes salariais alcançados no último ano e pela elevação do salário mínimo a R$ 622, deve garantir a aceleração do ritmo da economia brasileira. Mesmo assim, tentando jogar conforme o que esperam investidores do mercado financeiro, o governo federal vem indicando que pretende manter uma política de contenção de despesas para mostrar que a redução de juros (que funciona como prêmio pelo risco de credores que investem em títulos da dívida nacional) é compatível com o atual momento fiscal do país. Fonte: Redação da Rede Brasil Atual
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