17 de Setembro de 2008 às 12:34
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Assalto na CEF da UFMS; bandidos seriam os mesmos que invadiram Bradesco
Depois do assalto à agência do Bradesco na avenida Bandeirantes, desta vez a unidade da Caixa Econômica Federal instalada dentro da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) foi alvo de criminosos, durante ação por volta das 11h30 desta terça-feira (16). Conforme informações fornecidas pelas autoridades, dois homens e uma mulher quebraram parte da porta rotatória de vidro, renderam os dois seguranças e dispararam várias vezes para o alto. Um quarto elemento ficou no carro usado na fuga.
A mulher ficou no local onde estão instalados os caixas eletrônicos, e os homens invadiram o setor dos caixas, de onde tentou retirar o dinheiro. Durante o crime, foram dados pelo menos cinco tiros para o alto, mandando que os clientes e bancários deitassem no chão.
Um dos autores atirou contra uma das gavetas onde se guardam valores, mas o dispositivo de segurança acionou uma trava que impediu a abertura do compartimento. Esta foi a terceira versão para justificar o porquê de não terem sido levado recursos no assalto: primeiro, a CEF informou que o bando deixou o dinheiro cair, depois, que a Polícia Federal encontrou os recursos atrás do caixa. Os criminosos conseguiram levar o revolver de um dos dois seguranças.
Os bandidos estavam encapuzados, e fugiram em um Fiat Siena que havia sido roubado no sábado, no centro da cidade. As autoridades policiais acreditam que o grupo é o mesmo que, na sexta-feira (12) assaltou o Bradesco da Bandeirantes. Os crimes ainda são similares: ocorreram próximo ao horário de almoço e tiveram a participação de homens e mulheres, além de usar um automóvel roubado na cidade para a fuga.
Opiniões – Um cliente, de 23 anos, que pediu para não ser identificado, conta que foi até a agência hoje para sacar dinheiro. Escolheu o banco por ser pouco movimentada e foi surpreendido. “Nunca aconteceu nada parecido na minha vida”, disse, ainda assustado. Ele conta que os assaltantes dispararam e pediram para todos se deitarem. Os ladrões teriam dito: “Não vamos machucar ninguém, só resolver um assunto com banco”.
O presidente do sindicato dos Vigilantes de Mato Grosso do Sul, Gilson Pereira, comentou que “a situação começa a ficar preocupante em Campo Grande”. O representante da entidade foi ao banco ouvir os seguranças, e já especula sobre os motivos dos ataques na Capital. “Pode ser até o Presídio Federal, que alimenta esse tipo de crime”.
Representantes do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Campo Grande/MS e Região estiveram na agência, onde buscaram informações sobre o estado físico e emocional dos bancários que lá prestam serviço. Da mesma forma que ocorreu no Bradesco, os sindicalistas tinham o objetivo de não permitir a reabertura do banco após o incidente.
O mesmo grupo que invadiu os dois bancos ainda é suspeito de um terceiro assalto, cometido por volta das 7h30 desta quarta-feira (17). Os criminosos invadiram a empresa Serrana, de transporte coletivo, próximo ao terminal Morenão e da UFMS. No horário, a empresa guardava o movimento financeiro entre 15h e 20h do dia anterior, contabilizado na frota de 80 ônibus – o total de dinheiro não foi estimado. Testemunhas informaram que a ação durou no máximo dez minutos, sendo cometida por dois homens e uma mulher, que renderam funcionários e levaram o dinheiro, enquanto um comparsa aguardava para fuga em um GM Celta branco. Na fuga, também foi usado um GM Corsa cinza, de um funcionário da Serrana.
Os quatro não estavam encapuzados, ao contrário do que ocorreu nos bancos, mas usaram um discurso comum. “Disseram que não iam machucar ninguém porque sabiam que a gente era trabalhador e que só queriam levar o dinheiro”, contou um dos empregados da Serrana, que pediu para não ser identificado. Câmeras internas flagraram a ação dos bandidos na empresa de ônibus, o que pode ajudar a elucidar os três crimes.
Secretaria de Imprensa e Comunicação, com Campo Grande News
