25 de Novembro de 2010 às 10:07

Comissão de Finanças da Câmara retira PL de Isonomia da pauta de votação

Comissão de Finanças da Câmara retira PL de Isonomia da pauta de votação

Prevista para ocorrer nesta quarta-feira, 24, a votação do Projeto de Lei 6259/2005 na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados (CFT), conhecido como PL da Isonomia, foi retirada de pauta por um acordo dos líderes dos partidos. De autoria dos deputados Inácio Arruda (PCdoB-PE) e Daniel Almeida (PCdoB-BA), o projeto dispõe sobre a isonomia salarial, de benefícios e vantagens dos empregados do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste do Brasil e Banco da Amazônia.


"Esperamos que o projeto volte para a pauta o mais rápido possível, pois se trata de tema importante para os trabalhadores de bancos públicos federais", afirma Plínio Pavão, secretário de Saúde da Contraf-CUT e empregado da Caixa.


O PL recebeu parecer favorável do relator, deputado federal Osmar Júnior (PC do B-PI) Após aprovação da CFT, o projeto será encaminha para a Comissão de Constituição e Justiça e, depois de aprovado, encaminhado para o Senado. Caso sejam acrescentadas emendas, o projeto retorna para a Câmara para aprovação final.


Luta antiga


A restituição da isonomia de tratamento entre todos os empregados é uma luta antiga dos trabalhadores dos bancos públicos. "É necessário anular as resoluções impostas de forma arbitrária pelo governo FHC, que tantos prejuízos trouxeram para o funcionalismo", salienta Plínio.


Os trabalhadores que ingressaram no BB, na Caixa, no BNB, no Banco da Amazônia e na Casa da Moeda a partir de 30 de maio de 1995 perderam uma série de direitos em relação aos antigos funcionários, por força das resoluções nº 09 (de maio de 95) e nº 10 (outubro de 96) do Conselho de Coordenação e Controle das Estatais (CCE/Dest). Isto porque ingressaram em condições desfavoráveis em comparação com os empregados mais antigos e foram enquadrados em tabelas salariais achatadas, com perda de direitos como licença-prêmio e Adicional por Tempo de Serviço (ATS), conhecido como anuênio.


Vários direitos cortados no período já foram resgatados pelas lutas e greves dos bancários a partir de 2003. Na Caixa, por exemplo, os contratados desde 1998 foram registrados como técnicos bancários, sem direito a uma série de benefícios concedidos aos demais trabalhadores. No entanto, com a força da mobilização, os bancários já reconquistaram direitos como Apip de cinco dias e parcelamento de férias em até cinco vezes, bem como a ampliação do reembolso do adiantamento de férias para todos, dessa vez em dez parcelas. Agora, falta ainda conquistar o anuênio/ATS e a licença-prêmio.


Também no Banco do Brasil, BNB e Banco da Amazônia, os trabalhadores conquistaram vários direitos que haviam sido retirados no governo FHC.


Fonte: Contraf-CUT, com Fenae

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