25 de Julho de 2011 às 10:33

Confira a pauta de reivindicação dos bancários de MS

Bancários do MS querem a reposição da inflação e aumento real de 5%

Os bancários do Estado de Mato Grosso do Sul irão defender aumento real de 5% nos salários, como proposta de reivindicação para campanha nacional 2011, além da reposição da inflação – que de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), está projetada, no período entre 1º de setembro de 2010 e 1º de setembro de 2011, data-base dos bancários, em torno de 7,5%.


Os trabalhadores também defendem Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários (base) mais R$ 4.000,00; valorização do piso, buscando gradativamente a equiparação do piso da categoria ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.297,51).

A proposta de reivindicação foi aprovada neste sábado 23 de julho, durante o 1º EBAN-MS, Encontro Estadual dos Bancários, em Dourados, e será levada à apreciação da conferência nacional, a ser realizada em São Paulo, entre os dias 29 e 31 de julho, quando será definida a pauta final de reivindicação da categoria a ser entregue nas primeiras semanas de agosto à federação nacional dos bancos (Fenaban).

Além das questões econômicas e não menos importantes, as condições de trabalho também têm destaque nas reivindicações dos bancários do Mato Grosso do Sul o combate ao assédio moral e às metas abusivas.


Veja as principais reivindicações aprovadas

Emprego e Remuneração:


• Reajuste Salarial – 5% de aumento real, além da inflação projetada de 7,5%


• PLR – três salários mais R$ 4.000


• Piso – Valorização, buscando alcançar gradativamente o piso do Dieese (R$ 2.297,51)


• Fim da terceirização, mediante contratação de mais funcionários nos bancos privados e abertura imediata de concurso público e contratação nos bancos públicos


 
• Denunciar a sociedade a exposição do sigilo bancário e fiscal ao entregar documentos em qualquer ponto de atendimento terceirizado

 

Saúde e condições de trabalho:


 
• Manutenção e ampliação das cláusulas já conquistadas;


 
• Esclarecimento a categoria sobre o acordo para prevenção de conflitos no ambiente de trabalho (cláusula sobre assédio moral);


 
• Emissão de cartilha para divulgação sobre o assédio moral;


 
• Criar penalidades para as instituições financeiras que não respeitarem condições físicas e psíquicas de trabalho, para ser implementadas dentro do acordo para prevenção de conflitos no ambiente de trabalho


• Intensificar a luta no combate as metas abusivas, discutindo a legalidade e auto-gestão das mesmas;


 
• Inserção na campanha nacional pela imediata aprovação da PEC-29, que visa garantir financiamento suficiente e estável para o setor de saúde, vez que define o quanto das receitas da união, estados, distrito federal e municípios devem ser destinados às ações e serviços públicos de saúde. 


 
Segurança:

• Proibição da guarda das chaves e acionadores de alarmes pelos bancários, ficando esses serviços sobre a responsabilidade de empresas especializadas em segurança;


 
• Proibição de transportes de valores pelos bancários, devendo o mesmo ser feito exclusivamente por vigilantes em carro forte;


 
• ampliação de equipamentos e medidas de prevenção quanto a assaltos e seqüestros;


 
• atendimento médico e psicológico aos empregados com acompanhamento individual e presencial, bem como as suas famílias em caso de ameaças ou consumação de sequestros, assaltos ou outros delitos;


 
• os bancos deverão emitir cates a todos os empregados que estiverem no local do assalto, consumado ou não, bem como aos vitimados por sequestros ou extorsão, ainda que não vitimados;


 
• após a ocorrência, o estabelecimento deverá permanecer fechado, e que seja procedida avaliação técnica e pelas áreas de segurança e saúde do banco, com a participação do sindicato local;


 
• aos empregados vítimas de assalto, sequestros ou extorsões, sofridas em virtude do exercício das atividades bancárias, será garantida estabilidade provisória no emprego de 36 meses contados da ocorrência, garantindo a realocação para outra agência sem prejuízo em suas remunerações caso haja interesse do empregado;


 
• o banco pagará os empregados que trabalhem em agências, postos de atendimentos áreas de tesouraria e guarda centralizada de jóias, um adicional de periculosidade e risco de vida de 30% calculados sobre todas as parcelas que integram a remuneração mensal.


Sistema Financeiro Nacional


 
• realizar encontros regionais para que os dirigentes sindicais se qualifiquem elaborando propostas e posterior debate com a sociedade;


 
• promover uma grande manifestação em Brasília (Banco Central) com apoio das centrais e outros para sensibilizar a sociedade sobre o papel do BC;

• resolução do encontro se posicionando frente a resolução do BC autorizando o serviço dos correspondentes bancários;

 
cobrar o restabelecimento do papel dos bancos na sociedade;


 
• buscar o restabelecimento da manutenção e efetivação da lei do sigilo bancário.

Fonte: Seeb-Dourados e Região, por Joacir Rodrigues

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