14 de Julho de 2009 às 09:20

Consulta nacional indica aumento real, PCS, PLR maior e fim do assédio moral

A consulta nacional que federações e sindicatos realizaram por orientação da Contraf-CUT em todo o país mostra que na Campanha Salarial 2009 a maioria dos bancários quer aumento real de salário, com ampliação da PLR e do piso da categoria, Plano de Cargos e Salários (PCS), elevação do valor do vale-alimentação e fim das metas abusivas e do assédio moral. Em relação ao índice de reajuste a ser reivindicado dos bancos, a maioria votou até 10%, o que significa a reposição da inflação projetada para setembro mais 5% de aumento real.

O resultado da consulta subsidiará as discussões e deliberações da 11ª Conferência Nacional dos Bancários que será realizada de 17 a 19 de julho, em São Paulo, quando representantes da categoria de todo o país eleitos nas conferências regionais definirão a estratégia e a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2009. As consultas por Estado ou base sindical também serviram de subsídio para esses encontros regionais, que terminam no próximo final de semana.

"Consideramos de extrema importância esse processo democrático para aferir o que os bancários querem na campanha salarial, que passou pelas consultas, por assembleias em sindicatos e pelas conferências regionais, e que agora será concluído na Conferência Nacional", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "Outro ponto que merece destaque é que as consultas revelam que os bancários não estão preocupados apenas com os salários, mas também com a sua saúde, com as condições de trabalho, com as metas abusivas, com o assédio moral e com a segurança nas agências."

Veja a opinião dos bancários sobre as prioridades da campanha salarial. Como em algumas questões apresentadas na consulta os bancários puderam dar mais de uma resposta, a soma ultrapassa os 100%:

Cláusulas econômicas I

Aumento real de salário: 44%
PLR maior: 24%
Ampliação do piso da categoria: 24%
14º salário: 8%

Cláusulas econômicas II

PCS: 37%
Ampliação das gratificações de funções e criação de piso para comissionados e gerentes: 27%
Negociação da remuneração variável: 26%
Não desconto da PLR nos programas próprios dos bancos: 10%

Índice de reajuste (inflação mais aumento real)

Reajuste de 10%: 46% dos bancários consultados
Reajuste de 5% a 10%: 25% dos que opinaram
Reajuste de 8% a 10%: 9%
Reajuste até 10%: 7%
Reajuste de 15%: 2%
Reajuste de 8,10%: 2%
Não responderam: 9%

Cláusulas sociais

Vale-alimentação maior: 30%
Auxílio-educação: 20%
Garantia de emprego (ratificação da Convenção 158 da OIT): 15%
Auxílio-creche/babá de um salário mínimo: 13%
Adicional de risco de vida nas agências e PABs: 10%
Vale-combustível: 7%
Licença-maternidade de seis meses: 5%

Saúde, condições de trabalho e segurança

Discutir metas abusivas: 35%
Combate ao assédio moral: 35%
Segurança contra assaltos e sequestros: 15%
Isonomia de direitos aos afastados por licença-saúde: 15%

Previdência complementar

Dos bancários que responderam à consulta, 48% disseram não ter plano de previdência complementar. E 52% do total acham que o tema deve ser prioritário na campanha salarial deste ano.

Fonte: Contraf-CUT

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