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A Contraf/CUT enviou carta ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, solicitando o urgente agendamento de reunião para tratar sobre as fusões que estão ocorrendo no sistema bancário brasileiro. O Banco Central é o órgão governamental incumbido de acompanhar e promover a regulação do sistema financeiro nacional, tendo papel importante na análise de fusões e aquisições.

A carta revela a preocupação da confederação com “as várias incorporações/fusões ocorridas no setor financeiro, tais como Santander/Real, Itaú/Unibanco, BB/Nossa Caixa/Besc e BEP”. “Muito nos preocupa os possíveis reflexos decorrentes desses processos, em especial a ampliação da concentração financeira, que, historicamente, resultou em aumento dos juros, das tarifas, do spread, pagos pela população, bem como o fechamento de agências e a redução do número de funcionários, o que prejudica ainda mais o atendimento aos clientes e usuários”, diz o texto.

Cade – A Contraf/CUT já realizou uma audiência com Arthur Badin, presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para discutir os efeitos da fusão entre Itaú e Unibanco. Badim confirmou que o Cade irá analisar todos os aspectos da fusão e seus impactos na sociedade. Serão abordadas questões como o impacto no emprego e renda dos trabalhadores, número de postos de atendimento, custo das operações e serviços para a população, entre outros pontos. O Cade tem inclusive o poder de congelar a fusão durante o período de análise, para evitar que as empresas façam mudanças que não possam ser alteradas posteriormente, como fechamento de departamentos ou unidades.

Contraf/CUT