29 de Outubro de 2009 às 09:28

DDA, o boleto eletrônico, pode trazer riscos ao emprego dos bancários

Enquanto os bancos economizam custos com o Débito Direto Autorizado (DDA), para os bancários o novo serviço de apresentação eletrônica de boletos pode significar menos empregos. Em vigor desde 19 de outubro, o DDA chegou para facilitar a vida dos clientes, que ganham mais uma alternativa às atuais formas de pagamentos.


"Estamos preocupados com o DDA, que pode eliminar postos de trabalho na área de operações administrativas. Este é um debate que vamos pautar com os bancos. Aliás, a proteção ao emprego tem sido uma das prioridades dos bancários há muito tempo. A automação e as fusões trazem muitos ganhos para as instituições financeiras, mas podem ser prejudiciais para o mercado de trabalho bancário. Com a lucratividade do setor, os bancos têm totais condições de manter os empregos e tornar real a responsabilidade social que só existe nas propagandas", afirma a diretora do Sindicato dos Bancários de são Paulo, Ana Tércia Sanches.


"Apesar de ser um ganho ecológico com a economia de papel, o DDA pode prejudicar não só os bancários, mas as empresas de entregas de documentos e motoboys, que também terão menos trabalho", ressalta.


Ana Tércia destaca que o sistema representará uma relevante economia para as instituições financeiras, que terão menos custos com impressão e envio de cobranças. Ela cita que os valores investidos para coloca-lo em operação revelam um pouco das cifras que os bancos estão querendo economizar.


"A terceirizada Tivit foi contratada por R$ 20 milhões para poderem operar com o DDA. Segundo a Febraban, as instituições financeiras investirão mais R$ 77 milhões nos próximos nove anos. Além disso, há investimentos para a adaptação à nova tecnologia. O Sindicato está atento para evitar que o retorno desses investimentos seja feito com o corte de empregados ou aumento de tarifas".


No ano passado, os bancos movimentaram cerca de 2 bilhões de boletos de planos de saúde, consórcios, financiamentos de carro e casa própria, taxas de condomínio, cartões de crédito e cobranças, entre outros. Anualmente, esse volume cresce 12%, segundo dados da Fenaban. A meta das instituições financeiras é migrar para o DDA 50% do volume de boletos nos próximos três anos.


O que é?


O DDA é uma forma eletrônica de visualizar os boletos de cobranças. Cada banco define quais canais disponibilizarão os boletos eletrônicos, entre eles a internet, o caixa eletrônico e o telefone. A princípio, ele trabalhará com contas de planos de saúde, taxas de condomínio, mensalidades escolares, assinaturas de publicações. Por enquanto, os tributos e serviços de concessionárias (água, luz, gás e telefone) não serão apresentados pelo novo sistema.

Fonte: Fábio Jammal Makhoul - Seeb São Paulo

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