4 de Maio de 2012 às 18:26

Dilma recebe presidentes de centrais, mas não discute a pauta dos trabalhadores

(Foto: CUT)

 

Marize Muniz – Agência de Notícias CUT

 

No início da audiência que a presidenta Dilma Rousseff realizou, na quinta-feira 3, em Brasília, com representantes de centrais sindicais, os dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) – Artur Henrique, presidente; e Vagner Freitas, secretário de Finanças – perguntaram se já havia decisão do governo sobre a isenção do Imposto de Renda na Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) e também sobre o fim do Fator Previdenciário.

 

 

Dilma disse, então, que a pauta da reunião era outra e tinha um único item: as mudanças nas cadernetas de poupança. Ela também queria pedir o apoio do movimento sindical à medida. A presidenta argumentou que a mudança era importante em função “do momento que estamos vivendo”.

 

 

Após a cobrança da CUT, Dilma determinou que os ministros Gilberto Carvalho e Brizola Neto, da Secretaria Geral da Presidência da República e do Ministério do Trabalho e Emprego, respectivamente, conversassem com os sindicalistas o mais rápido possível sobre a pauta dos trabalhadores.

 

 

A reunião com os dois ministros para discutir a pauta dos trabalhadores, que tem itens como a isenção do IR na PLR, fim do Fator e 40 horas, dentre outros, foi marcada para a próxima terça-feira, dia 8, às 11 horas.

 

 

Nova regra da poupança

 

A presidenta Dilma Rousseff disse aos sindicalistas que o governo não vai mexer na remuneração das atuais poupanças. Isso significa que a nova regra não será aplicada na remuneração dos cerca de R$ 100 milhões que já estão depositados. Vale apenas para os novos depósitos e para as novas poupanças que forem.

 

 

Para o presidente da CUT, Artur Henrique, “o fato de o governo não mexer nas poupanças atuais é positivo, afinal, todos os direitos serão preservados”. Artur disse, porém, que a direção da Central ainda vai analisar o impacto das medidas em outros fundos para poder falar com conhecimento de causa sobre a medida.

 

 

Segundo Dilma, a remuneração da poupança será alterada toda vez que a taxa básica de juros ficar abaixo de 8,5% ao ano – a taxa hoje está em 9% ao ano. Quando a Selic estiver abaixo de 8,5%, a poupança será remunerada pela Taxa Referencial (TR) mais 70% da Selic. Quando a taxa básica estiver igual ou acima desse patamar, a regra atual de remuneração da aplicação – de TR mais 0,5% ao mês – será mantida.

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