25 de Novembro de 2024 às 18:00

Eliminação da Violência Contra as Mulheres: 1 mulher é assassinada a cada 10 minutos no mundo

Dia de Luta

Em 2023, foram registrados no Brasil 1.463 casos de mulheres que foram vítimas de feminicídio. O número representa cerca de um caso a cada seis horas, o maior já registrado desde a entrada em vigor da lei que tipifica o feminicídio, em 2015.

O número também é 1,6% maior que o de 2022. De 2015 até 2023, foram vítimas de feminicídio no Brasil 10,6 mil mulheres. Os dados são de relatório publicado em março pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

No recorte mundial, 85 mil mulheres e meninas foram assassinadas em 2023. Deste total, 60%, ou 51 mil, foram cometidos por um namorado, companheiro ou outro membro da família. Isso equivale a 140 mulheres e meninas mortas todos os dias por seus parceiros ou parentes próximos. Ou seja, uma mulher ou menina é assassinada a cada 10 minutos. Os números são da Organização das Nações Unidas.

Estes números ganham ainda mais relevância nesta segunda-feira 25, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. A data foi criada a fim de denunciar a violência contra as mulheres no mundo e exigir políticas em todos os países para sua erradicação.

"A erradicação da violência de gênero é um dos pilares da nossa atuação sindical. Além de conquistarmos novas cláusulas que protegem as bancárias vítimas de violência, estamos comprometidos em promover ações de conscientização e prevenção. Nossa luta é por um futuro livre de violência para todas as mulheres", afirmou a presidente do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues.

Movimento Sindical 

O movimento sindical bancário vem há anos lutando contra essa violência e buscando ampliar os direitos das bancárias mulheres. Confira algumas das cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que garantem direitos às mulheres bancárias:

  • Programa de prevenção e combate ao assédio moral, assédio sexual e outras formas de violência no trabalho;
  • Cláusula de repúdio a qualquer ato de violência doméstica e familiar contra a mulher na sociedade;
  • O compromisso dos banco em disponibilizar informações para sua liderança e demais empregados sobre os tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher na sociedade (física, moral, patrimonial, psicológica, sexual e virtual);
  • Igualdade salarial entre mulheres e homens.

Veja aqui, de forma detalhada, todas as cláusulas da CCT que versam sobre direitos das mulheres bancárias.

No caso do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, há uma pasta específica para fortalecer a luta por igualdade de gênero e combater a discriminação e violência contra as mulheres: a Secretaria de Mulheres, criada em 2022 depois da reforma estatutária da entidade.

“Com essa pasta, abrimos um canal de escuta privilegiado para as mulheres bancárias, com o objetivo de fortalecer as ações de combate à violência, à desigualdade de gênero e de desenvolver novas atividades que respondam às suas demandas específicas", explicou a dirigente sindical Luciana Rodrigues.

Denúncias pelo 180

O chamado à toda a sociedade é para que não se cale diante dos casos de violência. Ao presenciar, testemunhar, tomar conhecimento de qualquer caso, em qualquer lugar como a vizinhança, no local de trabalho, locais públicos, é preciso denunciar. Para isso, existe a Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180.

O Ligue 180 funciona gratuitamente 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. É possível fazer a ligação de qualquer lugar do Brasil.  Somente em 2023, o serviço recebeu o total de 568,6 mil chamadas, o que representa um aumento de 25,8% nos atendimentos, em comparação com 2022.

Desde abril de 2023, o Ligue 180 também passou a ter um canal de atendimento exclusivo no Whatsapp pelo número (61) 9610 - 0180. 

Com informações SPBancários e CUT



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