27 de Maio de 2022 às 22:00

Em 12 meses, grandes bancos fecharam mais de mil agências em todo o país

Agências

Foto: Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação

O fechamento de agências bancárias se tornou uma realidade com o avanço da digitalização do setor e avanço dos bancos digitais. Segundo uma reportagem do UOL, o Banco do Brasil, Bradesco, Santander e o Itaú, juntos, fecharam 1.007 agências bancárias físicas em todo o país. 

Dados do balanço dos bancos realizado no primeiro trimestre de 2022, revelam o número de agências bancárias fechadas por banco. Em março de 2021, o Banco do Brasil contava com 4.089 agências, o Bradesco com 3.312, o Itaú 3.041 e o Santander com 2.119, em um ano, em março de 2022, esses números diminuíram sendo o Banco do Brasil com 3.985, Bradesco 2.948, Itaú 2.834 e o Santander com 1.787. No total, fecharam 104, 364, 207, 332 agências, respectivamente. 

Se não bastasse o fechamento das agências, bancos, como o Banco do Brasil e o Bradesco, ainda demitiram profissionais, o que acaba acarretando a sobrecarga de trabalho aos bancários. Os dois bancos juntos demitiram 2.609 funcionários entre março de 2021 e março de 2022.

Filas de espera

Outro problema recorrente dentro das agências bancárias em todo o país, é a demora no atendimento, causando longas filas de espera para os clientes. Em 2020 e 2021, o acesso às agências estava restrito por conta da covid, agora, com o retorno dos atendimentos presenciais, os consumidores reclamam da demora no atendimento.

Na reportagem do UOL, clientes relatam que já chegaram a esperar por mais de horas do lado de fora da agência. É o caso de um morador do município de Amambai, interior do estado, cliente do Bradesco que informou ser comum pegar fila para ir ao banco e ficar esperando do lado de fora, sob o sol quente. 

De acordo com o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), todas as instituições financeiras são obrigadas a fornecer senhas que mostrem o horário de chegada do cliente. Mas não existe um regulamento nacional sobre os tempos de espera na fila, porém, a maioria das cidades ou estados que possuem regras determinam um tempo máximo de fila de 15 a 30 minutos.

Em entrevista ao UOL, o advogado e pesquisador do programa de serviços financeiros do Idec, Fabio Pasin, afirma que os bancos têm investido na automatização do atendimento e, ao mesmo tempo, estão reduzindo gastos com os atendimentos convencionais. “À medida que implementam chatbot (robôs que respondem às mensagens) e mobile banking, reduzem a estrutura física. Mas fechar agências em locais com menor renda, onde a disponibilização tecnológica não é a mesma, pode levar ao esvaziamento econômico de municípios e ao empobrecimento de uma população", afirmou à reportagem.

Por: Assessoria de Comunicação do SEEBCG com informações do site UOL

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