26 de Março de 2013 às 09:56

Entidades sindicais unificam ações na véspera do Fórum Social Mundial

FSM

 

  
Crédito: CUT
CUTMobilização: FSM começa nesta terça, na Tunísia

Antecedendo o Fórum Social Mundial (FSM) que começa oficialmente nesta terça (26) em Túnis, capital da Tunísia, várias atividades preparatórias já estão ocorrendo por toda a cidade. Destaque para a assembleia sindical que reuniu na manhã desta segunda-feira (25) entidades de todo o mundo com o propósito de organizar e unificar as ações.

Em comum, o desejo e a necessidade de construir instrumentos de ação frente à globalização neoliberal e seu receituário de austeridade e retirada de direitos sociais, apresentando propostas e ações a partir dos princípios democráticos de solidariedade e justiça social que garantam os direitos da classe trabalhadora e uma sociedade mais igualitária.

Durante o encontro, todas as entidades sindicais foram convidadas a exporem suas experiências e perspectivas para o FSM. A secretária de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti, representando a Central, frisou a importância de se resgatar os princípios fundantes do Fórum, quando no Brasil em 2001, movimentos sociais e sociedade civil se colocaram com autonomia, independência e solidariedade como protagonistas da luta por mudanças estruturais.

"Passamos por um momento de reflexão sobre o futuro do Fórum. Precisamos, sim, conhecer as experiências e realidades de cada região, mas temos a concepção de que o momento de crise que assola os direitos econômicos e sociais dos trabalhadores exige ações efetivas, construindo a base para as mudanças que consolidem a máxima do Fórum de que um outro mundo é possível e necessário", enfatizou.

Sérgio Bassoli, integrante do departamento de Relações Internacionais da Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), também acredita que o Fórum passa por um momento de incertezas que desafia as organizações sociais a estarem unidas e comprometidas com a luta contra o capitalismo e suas ingerências.

Durante o Fórum, a CUT participará de várias atividades, contribuindo com seu acúmulo histórico, levando a experiência dos movimentos sociais e aprendendo com os movimentos da região.

Além da marcha de abertura, nesta terça (26) ocorrerá também a assembleia das mulheres.

Chamas da liberdade

Após a revolução popular que derrubou o regime ditatorial de Ben Ali, a Tunísia vive uma fase de transição. A revolução foi um marco, mas ainda se sucedem ataques aos direitos sociais.

Recentemente, o dirigente da Frente Popular e líder da esquerda, Chokri Belaid, foi assassinado quando saia de casa. Assim como fez na "Primavera Árabe", quando teve uma participação importante na construção e êxito do movimento, a União Geral de Trabalhadores Tunisianos (UGTT) convocou uma série de mobilizações e greves para protestar contra morte de Chokri Belaid e os sucessivos ataques ao livre direito de se expressar.

A Central convocou uma greve geral, a primeira desde as revoltas de janeiro de 2011, e nas ruas da avenida Habib Bourguiba, epicentro habitual das manifestações, foi recebida por um extensivo aparato policial.

"Querem nos sufocar e semear o medo para impedir que lutemos por nossos direitos. Desde os movimentos para derrubar o antigo regime, a nossa central tem desempenhado um papel de locomotora em defesa da democracia. Queremos transmitir uma mensagem aos inimigos dos trabalhadores, da democracia e da liberdade que não aceitaremos o extremismo ou políticas de discriminação. Continuaremos com nossas greves buscando mais liberdade, diálogo social, assegurando uma transição democrática", afirmou o secretário-geral da UGTT, Houcine Abassi.Fonte: William Pedreira - CUT

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