28 de Março de 2008 às 12:40
Compartilhe
Na próxima terça-feira (1º de abril), a Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul reúne dirigentes sindicais em sua sede para apresentar simulado do questionário on-line que traçará o mapa da diversidade da categoria. Esse projeto exige o engajamento de todos os sindicatos para acompanhar a aplicação do questionário, orientar os bancários e possibilitar um resultado o mais fiel possível.
No mesmo dia, na Federação, a direção do ABN/Real apresenta aos dirigentes sindicais do banco seu Projeto de Promoção da Diversidade.
O Mapa de Diversidade é uma antiga reivindicação dos bancários, anterior à instalação da Mesa Temática Igualdade de Oportunidade com a Fenaban no ano de 2000. O objetivo da pesquisa é propor ações para corrigir situações de discriminação, subcontratação nos bancos e alcançar a efetiva igualdade de oportunidades.
O projeto do Mapa da Diversidade nasceu da denúncia do movimento sindical bancário para a Fenaban de que havia discriminação nos locais de trabalho e que as contratações eram desiguais: mulheres, negros, idosos, homossexuais e trabalhadores com deficiência são preteridos na hora da contratação ou quase sem chances de subir na carreira.
A Fenaban, entretanto, negou a discriminação e desafiou os sindicatos a provar. Em 2001, o Dieese realizou a pesquisa 'Rosto dos Bancários', que comprovava toda a discriminação denunciada.
De posse dessa publicação, o Ministério Público do Trabalho resolveu procurar os bancos para garantir um Termo de Ajustamento de Conduta. O documento garantia prazos e metas para eliminar as desigualdades, mas não houve concordância por parte dos bancos.
A partir daí, o MPT entrou na Justiça contra cinco bancos (Itaú, Bradesco, ABN, Unibanco e HSBC) por discriminação coletiva. Perdeu em primeira instância, porém o movimento negro arrancou uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara dos Deputados, em meados de 2005. A audiência rendeu reuniões permanentes que perduram até hoje, entre o MPT e Febraban, com participação de representação dos trabalhadores bancários.
Susan Meire, da Feeb-SP/MS, com informações da Mesa Temática de Igualdade de Oportunidades do Comando Nacional