23 de Setembro de 2010 às 09:59

Fenaban leva bancários à greve ao propor apenas a inflação: 4,29%

Nesta quarta-feira, dia 22, durante um breve encontro que seria a quinta rodada de negociação, a Fenaban não apresentou a “proposta global” aos bancários como havia se comprometido na semana passada. Os bancos declararam que rejeitam o índice de 11% da categoria porque é “exageradamente alto” e propuseram corrigir os salários e as verbas pela inflação (4,29% calculada pelo INPC). Quanto à PLR, mantém as mesmas regras do ano passado.  Diante da falta de respeito, o Comando Nacional orienta os bancários a comparecerem nas assembléias sindicais no dia 28 de setembro e aprovarem greve por tempo indeterminado a partir do dia 29.


 

“Não foi uma negociação, faltaram com a palavra num total desrespeito à categoria”, comenta Aparecido Roveroni, diretor da Federação de SP e MS no Comando Nacional. “Aguardamos os banqueiros trazerem uma proposta que, segundo os próprios, seria “global”, e propõem tão somente a reposição da inflação? Os bancários não abrem mão de aumento real, de valorização da PLR e dos pisos, e também querem proposta para o fim do assédio moral e das metas abusivas, garantia de emprego, melhores condições de trabalho e previdência complementar para todos. Sem ganho real, sem avanço nas reivindicações de saúde e sociais, só resta o caminho da greve.”, aponta.

 

O Comando Nacional reafirmou aos bancos a pauta de reivindicações dos bancários aprovada na 12ª Conferência Nacional e entregue há mais de 40 dias à Fenaban. Agora, encaminhará documento à Fenaban dando prazo até dia 27/9, véspera das assembléias, para apresentação de uma nova proposta.
 

Conheça as principais reivindicações dos bancários:
 

- Reajuste salarial de 11% (inflação do período mais 5% de aumento real);


- Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil para cada funcionário;


- Piso salarial no valor do salário mínimo do Dieese (R$ 2.157,88);
 

- Plano de Cargos e Salários em todos os bancos;


- Previdência Complementar para todos os bancários;


- Mais contratações, com garantia de emprego e igualdade de oportunidades para mulheres, negros e pessoas com deficiência;

- Fim das terceirizações e dos correspondentes bancários;


- Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral;


- Assistência médica e psicológica às vítimas de assaltos, sequestros e extorsões;
 

- Melhoria do atendimento aos clientes, com redução das filas e diminuição dos juros e tarifas.


 

Bancos Públicos
 

O Comando Nacional se reúne nesta quinta-feira, dia 23, com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal para novas rodadas específicas.


 
 
Fonte: Susan Meire - FEEB SP MS

 

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