7 de Dezembro de 2011 às 09:30
Compartilhe
O Tesouro Nacional estuda uma nova rodada de aporte de dinheiro público nos bancos oficiais: BNDES, Caixa Econômica, Banco do Brasil e Banco do Nordeste.
Inicialmente, fala-se nos bastidores do governo de algo em torno de R$ 40 bilhões, mas o valor ainda não está fechado.
A preocupação da área econômica é que, além do risco de uma crise de crédito por conta da instabilidade financeira no exterior, os bancos oficiais tenham sua capacidade de realizar empréstimos reduzida pela entrada em vigor de normas internacionais aprovadas recentemente.
No caso de os bancos privados limitarem o crédito, sobretudo os estrangeiros que operam no país, o governo precisará contar com as instituições oficiais para suprir os empréstimos.
Para isso, esses bancos precisarão ter capital. O problema é que as recomendações internacionais para cálculo do patrimônio, que sustentam essas operações, começarão a mudar no final de 2012.
Com as alterações, introduzidas por um conjunto de regras chamado de Basileia 3, aplicações de longo prazo que não podem ser resgatadas pelos credores rapidamente não poderão mais ser utilizadas.
Além disso, alguns ativos previamente definidos também poderão ser excluídos do patrimônio. A regra irá considerar itens que podem perder valor rapidamente devido a um estresse maior no mercado financeiro.
Fonte: Folha de S.Paulo