9 de Março de 2021 às 08:13
Preconceito
A maioria da população brasileira sofre com o agravamento dos problemas econômicos e sociais. Já são 60 milhões na pobreza e 14 milhões de desempregados. Enquanto isso, os super-ricos ficaram ainda mais ricos durante a pandemia. Eles pagam menos impostos do que os mais pobres. Isso faz aumentar a desigualdade e agrava a violência. Todos somos impactados, mas quem mais sofre com isso são as mulheres.
“A maioria dos postos de trabalho fechados era ocupada por elas. Mas, mesmo desempregadas, ficaram sobrecarregadas devido ao aumento do trabalho doméstico. E o mais grave, a violência contra a mulher cresceu com o isolamento social. E muitas são obrigadas a conviver com o agressor”, observou a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elaine Cutis. “Todos estes problemas são ainda mais sentidos pelas mulheres negras”, completou.
Para tratar do assunto, a Campanha Tributar os Super-ricos vai realizar, na quinta-feira (11), a partir das 19h (horário de Brasília), um bate-papo, com transmissão ao vivo, com um time de peso, formado pelas deputadas federais Erika Kokay (PT-DF), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Fernanda Melchionna (PSOL-RS), além da economista Juliane Furno e a fundadora do Movimento Mães de Maio, da Baixada Santista (SP), Débora Silva.
O debate #8M – Pela Vida das Mulheres, Tributar os Super-ricos será transmitido ao vivo pelos canais no Youtube da Contraf-CUT e do Instituto Justiça Fiscal e pelo Facebook da Campanha Tributar os Super-Ricos e das instituições participantes.
A Contraf-CUT é uma das mais de 70 entidades que se juntaram para criar a Campanha Tributar os Super-ricos e elaborar oito Projetos de Lei que podem reduzir, de forma eficiente, esses problemas. Os projetos estão em tramitação no Congresso Nacional desde agosto de 2020 e propõem aumentar impostos para os 0,3% mais ricos e reduzir para os mais pobres e para as pequenas empresas.
“Se aprovados, os projetos podem aumentar a arrecadação em quase R$ 300 bilhões ao ano, tributando apenas 59 mil pessoas entre os 210 milhões de brasileiros. A ideia é promover a justiça fiscal com garantia de recursos para renda emergencial e a realização de diversas políticas sociais que beneficiam a população mais necessitada”, explicou o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Mario Raia.
“Ao invés de cortar recursos das áreas sociais e reduzir o Estado, é preciso tributar os super-ricos e garantir recursos que assegurem os direitos das mulheres e reduzam esse grave quadro de desigualdade e violência”, concluiu o dirigente.
Acompanhe pelo Facebook da Campanha Tributar os Super-Ricos
https://www.facebook.com/102896974943568/posts/190942386139026/
Pelo Youtube da Contraf-CUT
https://www.youtube.com/watch?v=gTtqj-a4MIg
Ou pelo Youtube do IJF
https://www.youtube.com/watch?v=yKRztWaI7XM
Fonte: Contraf-CUT
Link: https://sindicario.com.br/noticias-gerais/injustica-tributaria-pune-mais-as-mulheres/