14 de Dezembro de 2011 às 19:22
Compartilhe
A Contraf-CUT participou do evento, representada pela diretora da entidade, Marilza Speroto
A Comissão de Direitos Humanos (CDHM) da Câmara dos Deputados lançou na terça-feira, 13 de dezembro, a Subcomissão de Acompanhamento da Comissão da Verdade. O grupo terá a finalidade de contribuir e fiscalizar os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, criada pelo Executivo para apurar e esclarecer as violações de direitos humanos ocorridos durante o período da ditadura militar no Brasil. A Contraf-CUT participou do evento, representada pela diretora da entidade, Marilza Speroto.
Segundo Marilza, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) foi eleita por aclamação à coordenadora da subcomissão. A deputada explica que o foco será nos casos de perseguição, sequestro, tortura, assassinato e ocultação de cadáveres de opositores políticos da ditadura entre 1964 e 1985. "É nesse período que se concentram os fatos a esclarecer, como, por exemplo, o papel do governo brasileiro na Operação Condor - articulação entre governos do Cone Sul e os Estados Unidos para perseguir e eliminar militantes políticos de esquerda dos países envolvidos", diz Erundina.
A Subcomissão criada pela CDHM terá atribuições de organizar e encaminhar à CNV informações, dados e documentos pertinentes acumulados no decorrer de seus 17 anos de atividades. Também irá pesquisar, avaliar e encaminhar à CNV informações, dados e documentos sobre eventuais casos de violações de direitos humanos de parlamentares e servidores da Câmara dos Deputados no período em análise.
O grupo foi instituído em decorrência da aprovação, pela unanimidade do plenário da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), em reunião ordinária de 30/11/2011, do Requerimento nº 150/2011, de autoria da Deputada Luíza Erundina (PSB-SP).
Ainda irão compor a Subcomissão os deputados Chico Alencar e Jean Wyllys, ambos do PSOL do Rio de Janeiro, Domingos Dutra (PT-MA), Arnaldo Jordy (PPS-PA), Luiz Couto (PT-PB), Rosinha da Adefal (PTdoB-AL) e Erika Kokay (PT-DF).
Também esteve presente na solenidade o deputado argentino Juan Cabandié, filho de militantes e vítima da ditadura argentina. Ele desejou que os parlamentares brasileiros descubram a verdade e que a impunidade tenha um fim. "Para haver a verdade completa, os responsáveis pelos crimes precisam estar no cárcere", conclui.
Fonte: Contraf-CUT com Agência Câmara de Notícias