14 de Janeiro de 2008 às 10:46
Compartilhe
A proposta de criação das ouvidorias nos bancos era de que os problemas enfrentados pelos clientes fossem resolvidos na fonte, ou seja, pelas próprias instituições financeiras. Mas os números do Banco Central (BC) mostram que mesmo após a instalação do serviço, em primeiro de outubro do ano passado, as reclamações registradas pelo BC subiram.
O caminho natural das reclamações passa primeiro pelas ouvidorias e, caso o cliente não fique satisfeito com o resultado, pode recorrer ao Banco Central. De acordo com o jornal a Gazeta Mercantil, no último trimeste de 2007, período de funcionamento das ouvidorias até agora, o número de reclamações registrado pelo Banco Central, excluíndo-se o mês de dezembro, ainda não contabilizado, cresceu 25%. O índice é maior do que os 21,7% apurado entre os meses de novembro do ano passado e de 2006.
De acordo com a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), os cartões de crédito foram os campeões de queixas nas ouvidorias com 27% do total. Em segundo lugar ficou o assunto conta-corrente, com 10%. Empréstimos e financiamentos ficaram com 9,27%; renegociações de dívidas, com 5,34%, e atendimento pessoal nas agências registrou 5,15%.
A Febraban disse que o serviço ainda não atingiu os resultados esperados pois é novo e os clientes ainda não têm plena confiança em sua eficácia. A entidade disse ainda que com as ouvidorias foi possível mapear 342 itens que podem ser modificados para a melhoria no serviço.
SP Bancários