8 de Março de 2023 às 06:00
8 de março
Respeito, participação nos espaços políticos e direitos garantidos. Esses são os melhores presentes para celebrar o Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quarta-feira, dia 8 de março.
Historicamente, as mulheres foram marginalizadas e excluídas dos processos decisórios, seja na esfera pública ou privada. No entanto, ao longo do tempo, elas têm conquistado espaços cada vez mais relevantes no cenário político.
“Atualmente, as mulheres estão ocupando posições de destaque nos governos mundo afora, seja como presidentas, primeiras-ministras, parlamentares, ministrantes ou governadoras. No caso da categoria bancária no Brasil, podemos citar a presidência do BB e Caixa, que pela primeira vez, ao mesmo tempo, são liderados por mulheres. Isso é reflexo de uma luta constante pela igualdade de gênero e pela necessidade de representatividade feminina nos cargos políticos”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região (SEEBCG-MS), Neide Rodrigues.
A participação dos movimentos sociais e sindicais é fundamental nesse processo, pois esses grupos têm sido responsáveis por mobilizar e conscientizar a população sobre a importância da participação das mulheres na política. Além disso, eles também têm lutado por políticas públicas que promovam a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.
“A presença de mulheres na política não é apenas uma questão de representatividade, mas também uma questão de efetividade e qualidade das políticas públicas. As mulheres trazem perspectivas e demandas específicas para a agenda política, o que pode resultar em políticas mais inclusivas e democráticas”, pontua Neide Rodrigues.
No entanto, ainda há muitos desafios a serem enfrentados. As mulheres ainda enfrentam barreiras e obstáculos para acessar e se manter em posições de poder na política. A violência política de gênero, por exemplo, é uma realidade que afeta muitas mulheres em cargos políticos e que precisa ser combatida.
Para o SEEBCG-MS, é fundamental continuar lutando pela participação plena e igualitária das mulheres nos espaços políticos, fortalecendo os movimentos sociais e sindicais, e promovendo políticas públicas que garantam a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.
A Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária tem algumas cláusulas específicas que visam promover a igualdade de gênero e combater a discriminação contra as mulheres.
Alguns exemplos são cláusulas que estabelecem: igualdade de oportunidades e tratamento entre homens e mulheres no ambiente de trabalho; licença-maternidade de 180 dias; adoção de medidas para combater o assédio moral e sexual no ambiente de trabalho, além de garantir a proteção e assistência às vítimas dessas práticas.
Na renovação de 2022, a CCT resultou em uma série de avanços contra a violência doméstica e familiar e conta com cláusulas que garantem proteção às bancárias:
A empregada que for vítima de violência doméstica poderá pedir alteração de regime de trabalho; solicitar a realocação para outra dependência; e linha de crédito ou financiamento especial;
O banco pode oferecer alternância de horários de entrada e saída do expediente e criar grupo de apoio para discutir e sugerir medidas voltadas à prevenção da violência doméstica e familiar.
Essas cláusulas representam importantes avanços para as mulheres. No entanto, o sindicato ressalta que ainda há muito a ser feito para garantir a plena igualdade de gênero no mercado de trabalho e em todas as esferas da sociedade.
O Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região é uma entidade que sempre busca promover e garantir a igualdade de gênero. A diretoria eleita para a gestão de 2023/2027 é formada por 30% de bancárias, com uma presidenta reeleita no comando.
A entidade sindical também promoveu uma importante atualização no Estatuto: a criação da Secretaria de Mulheres - uma pasta de extrema importância para garantir que as questões relacionadas às trabalhadoras sejam abordadas de forma específica e adequada, oferecendo suporte e orientação.
A implantação de uma secretaria de mulheres no sindicato garante que as trabalhadoras tenham uma representação adequada na tomada de decisões e negociações coletivas, além de atuar no combate à discriminação de gênero no ambiente de trabalho, garantindo que as trabalhadoras não sejam prejudicadas em termos de salário, promoção ou outras questões em função de seu gênero.
Link: https://sindicario.com.br/noticias-gerais/movimento-sindical-contribui-para-avancos-nos-direitos-das-mulheres/