25 de Março de 2020 às 09:37

Movimento sindical tem buscado soluções junto aos bancos desde o início da pandemia

COVID-19

Desde o dia 26 de fevereiro, quando o Brasil teve confirmado o primeiro caso de coronavírus, o Movimento Sindical tem buscado junto aos bancos soluções com o intuito de proteger a saúde e garantir a segurança dos bancários e de toda a população. A categoria bancária é uma das poucas que têm se reunido constantemente com os patrões e discutido medidas a serem tomadas ante o avanço da pandemia no país.

Em 12 de março, um dia após a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretar o status de pandemia mundial ao coronavírus, o Comando Nacional dos Bancários e o Sindicato encaminharam  um ofício à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) solicitando informações sobre quais providências os bancos tomariam para prevenção ao novo coronavírus. Uma das recomendações contidas no documento era a criação de um comitê bipartite para o acompanhamento da pandemia. Os bancários também reivindicaram dos bancos, na ocasião, ações voltadas para proteger os trabalhadores que estão em grupos de riscos e recomendações após retorno de viagem internacional, com a permanência em casa por 14 dias, no mínimo, além da suspensão de viagens internacionais.

No dia 16 de março, após reunião com o Comando Nacional dos Bancários e o Comando, a Fenaban aprovou a criação do comitê bipartite, a implementação de comunicação preventiva, o reforço na higiene e limpeza de todos os locais de trabalho e o cancelamento de eventos, reuniões e treinamentos para os bancários, entre outras medidas.  

Além das conversas com cada um dos bancos, públicos e privados, o Movimento Sindical também cobrou, no dia 18 de março, medidas do Banco Central, entre elas o contingenciamento do acesso às agências, com redução do horário de atendimento. A solicitação foi atendida um dia depois, e o BC autorizou os bancos a reduzirem horário (mas não determinou qual seria o novo horário) e a contingenciarem a entrada.

Na segunda-feira 23, o Comando Nacional dos Bancários e Fenaban se reuniram novamente, desta vez para discutir uma das principais reivindicações da categoria ante o avanço da pandemia: que o atendimento ao público seja limitado apenas aos serviços essenciais, com contingenciamento de pessoas nas agências e o fim das metas e das demissões. 

Nesta terça-feira 24, o Itaú e o Santander informaram ao Comando Nacional dos Bancários que acataram a reivindicação e que não demitirão trabalhadores enquanto a pandemia gerada pelo novo coronavírus (Covid-19) não for dissipada.

“Diante de um momento tão grave e delicado como este, os bancários novamente têm sido vanguarda em suas conquistas. Estamos, inclusive, nos adiantando às medidas anunciadas pelas três esferas de governo no sentido de proteger a saúde dos trabalhadores e de toda a população. Os bancos, enquanto concessões públicas, têm obrigação de zelar pelo seu papel social, e não a de permanecer com a sua sanha por lucros estratosféricos às custas da saúde e de todo o esforço dos bancários, que estão se arriscando para que a população tenha garantidos serviços essenciais”, enfatiza Ivone Silva, presidenta do Sindicato de São Paulo e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Fonte: SEEB/São Paulo

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