13 de Setembro de 2011 às 00:39

SEEBCG participa da VI Jornada Nacional de Debates do Dieese

Silvestre falou da importância do Dieese para os trabalhadores

Mesmo estando em plena campanha nacional unificada, mobilizando todos os diretores e a categoria, os bancários de Campo Grande e Região este representado na VI Jornada Nacional de Debates, organizada pelo Dieese. Depois de percorrer todas as capitais brasileiras, o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos encerrou na FETEMS – Federação dos Trabalhadores em Educação no Mato Grosso do Sul, a VI Jornada Nacional de Debates.

 

O Coordenador de Relações Sindicais do Dieese, José Silvestre Prado Oliveira fez uma análise do momento econômico nacional e internacional para uma seleta platéia de dirigentes sindicais, representantes de trabalhadores dos diversos setores produtivos do Estado. Além de fazer uma análise da conjuntura socioeconômica do País e as tendências do mundo globalizado, Silvestre falou sobre a possibilidade da instalação do escritório do DIEESE na Capital. Se isso se efetivar, será a 18ª filial da entidade no Brasil e será muito importante para a elaboração de estudos e análises estatísticas de dados socioeconômicos, respondendo às demandas do movimento sindical sul-mato-grossense e servindo de orientação para implantação de políticas públicas.

 

Silvestre falou ainda da importância da organização no Mato Grosso do Sul como instituto de pesquisa voltado para os trabalhadores, porém, considerando o tempo de existência da entidade, que foi criada em torno de 50 anos, a popularidade ainda não é grande. Apesar de existirem outras categorias filiadas ao Dieese, a entidade popularizou-se através das campanhas salariais dos petroleiros, que sempre se pautaram pelos dados do Instituto. No entanto, muitos trabalhadores não têm conhecimento de sua importância, com exceção dos dirigentes sindicais e demais militantes que também estão envolvidos com a categoria. Diante disso, o Dieese precisa aumentar a divulgação entre os trabalhadores, para que os mesmos tenham mais amparo em suas lutas.

 

Para efetivar um escritório no Estado, Silvestre disse que é preciso a participação de pelo menos 7 sindicatos para suprir despesas com a estrutura física, que terá um economista e um ou dois funcionários para coletar dados diários da cesta básica e realizar as pesquisas necessárias para o movimento sindical em suas lutas por melhores salários e boas condições de trabalho.

 

A presidenta do SEEBCG, Iaci Azamor Torres, cumprindo promessa de campanha eleitoral pela direção do sindicato, já garantiu a adesão ao instituto e juntamente com outras entidades sindicais vai ajudar na sua manutenção. “Já havíamos feito o compromisso com a categoria de ajudar trazer para o Estado um escritório do Dieese para nos orientar no nosso cotidiano sindical e agora vamos cumprir essa promessa”, disse a presidenta.

 

Para o diretor Valter Cruvinel, que participou da VI Jornada de Debates na Fetems, a vinda de um escritório para o Estado será de fundamental importância para os trabalhadores, esclarecendo muitas dúvidas na hora de negociar. “A falácia do patronal de que o aumento salarial gera inflação, é um bom exemplo que o Dieese explica como uma artimanha para desmobilizar os trabalhadores e enganar a sociedade”, lembrou o diretor do sindicato dos bancários.

 

Como entidade combativa e de luta em defesa dos seus filiados, a FETEMS saiu na frente e colocou à disposição do Dieese a estrutura da federação, para que ali possa funcionar uma unidade do instituto de pesquisa, bastando apenas a adesão de mais alguns sindicatos para Mato Grosso do Sul ser inserido no contexto dos estados que contam com esta importante ferramenta na luta sindical.

 

O DIEESE cumpre um importante papel de produzir e difundir conhecimento sob a ótica dos trabalhadores. Isso significa que, para a entidade, pensar sobre o tempo que há de vir é refletir a respeito de iniciativas que possam combater discrepâncias nacionais, como as extremas desigualdades econômicas e sociais, as distorções regionais, problemas de habitação, educação, saúde, a ausência de proteção social do trabalho, a fome e tantos outros conflitos.

 

O trabalho do instituto de pesquisa é diário e contínuo, abarcando sempre algum novo tema, envolvendo sempre a participação em algum novo fórum, propiciando sempre algum novo debate. É dar seqüência ao investimento forte no apoio às entidades sindicais para a negociação coletiva, por meio das atividades de pesquisa, assessoria, formação. É produzir conhecimento que propicie melhoras na inserção do sul-matogrossense no mercado de trabalho e contribua para condições de trabalho mais dignas; é investir em temas e estudos que colaborem para uma distribuição de renda mais justa no estado e no país; é ajudar a criar instrumentos que apóiem os governos na formulação de políticas públicas de emprego e renda; é momento, também, para a entidade voltar às origens e retomar a vocação para a qual foi criada, com a organização de um processo de formação continuada, que inclua certificação de 3º grau.

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