10 de Abril de 2012 às 12:02
Escrito por: Marize Muniz
O presidente da CUT, Artur Henrique, a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo e Região, Juvândia Moreira, e membros da direção executiva da Central, realizam nesta terça-feira 10, em São Paulo, ato de rua do Plebiscito Nacional sobre o Fim do Imposto Sindical, que faz parte da Campanha por Liberdade e Autonomia Sindical.
O ato é na praça Antônio Prado, no centro da capital paulista. No local, os trabalhadores serão informados sobre os objetivos da campanha, receberão material informativo e poderão depositar seus votos na urna.
O Plebiscito Nacional foi lançado no dia 26 de março e termina no dia 30 de abril. As urnas estão sendo colocadas nos sindicatos, nas portas das fábricas e em locais de grande concentração para os trabalhadores opinarem se querem ou não o fim do imposto sindical – desconto de um dia de salário por ano de todos os trabalhadores com carteira assinada do país, independentemente de serem associados ao sindicato de sua categoria.
O Plebiscito é a primeira ação da Campanha por Liberdade e Autonomia Sindicais que a CUT realiza até agosto do ano que vem, quando a Central completa 30 anos. A segunda ação é um abaixo-assinado que pretende coletar milhões de assinaturas para que a CUT possa exigir a ratificação da Convenção 87 da OIT – Organização Internacional do Trabalho. Esta convenção garante liberdade e autonomia sindicais.
Segundo Artur Henrique, “a Central defende alternativas democráticas de organização que contribuam para fortalecer a negociação, tornar os sindicatos mais atuantes, combativos, com trabalho de base, preparados para os desafios que o mundo coloca e, evidentemente, ampliar as conquistas da classe trabalhadora. Para isso, o fim do imposto é fundamental”. Ele argumenta que “a atual estrutura sindical impede a liberdade e a autonomia dos trabalhadores e facilita a criação de sindicatos fantasmas, de gaveta, interessados apenas em receber os recursos do imposto”.
A campanha que a direção CUTista está lançando este ano tem um diferencial. Ao invés de perguntar para os dirigentes o que eles acham deste imposto, pergunta diretamente para os trabalhadores, debate, dialoga com a sociedade. "Queremos saber como os trabalhadores querem garantir a sustentação financeira de suas entidades sindicais,” diz Artur.
É importante lembrar que a campanha da CUT será realizada em todas as bases sindicais, ou seja, vai atingir trabalhadores de sindicatos filiados a todas as centrais. “Vamos para as portas de fábricas, de shoppings, praças públicas, enfim, em todo local onde tiver um trabalhador queremos saber o que ele acha do imposto”, concluiu Artur.
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