18 de Junho de 2009 às 09:43

Uso racional de serviços gratuitos pode sair mais barato que pacotes, diz Procon

Pesquisa realizada pela Fundação Procon de São Paulo com os dez maiores bancos que atuam no país mostrou que, um ano depois da entrada em vigor das novas regras de tarifas bancárias, é mais vantajoso para o correntista pagar por cada serviço para manter, movimentar e acompanhar as contas bancárias, do que adotar os pacotes padronizados oferecidos pelas instituições financeiras.

A pesquisa foi feita com as seguintes intituições: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco.

Numa análise comparativa entre as duas modalidades, o Procon constatou uma diferença de 86,34%. Enquanto a média do serviço padronizado atingiu, em 30 de abril, R$ 20,05, a dos serviços separadamente foi de R$ 10,76. Essa economia só é possível, no entanto, se o cliente não ultrapassar os limites dos acessos gratuitos.

Mensalmente, o cliente tem direito aos seguintes serviços gratuitos: dez folhas de cheque, quatro operações de saques, duas retiradas de extratos nos terminais de auto-atendimento; duas transferências de valores. Além disso, ele não paga nada para consultar as movimentações pela internet ou pela compensação de cheques.

Os pacotes padronizados limitam a movimentação financeira ao uso do cartão. De acordo com as normas introduzidas em abril do ano passado pelo Banco Central, a modalidade também prevê a cobrança obrigatória da renovação do cadastro duas vezes por ano. O cliente tem direito a oito saques por mês; a quatro extratos referentes ao mês e dois referentes ao mês imediatamente anterior; e a quatro operações de transferências entre contas na própria instituição.

A técnica de defesa do consumidor do Procon, Cristina Rafael Martinussi, alerta o correntista para que avalie a modalidade mais favorável às suas necessidades. "O consumidor deve verificar que tipo de contrato ele assinou e procurar saber se o que está pagando é a melhor opção", disse.

Para fazer a análise, a fundação Procon levantou os dados disponibilizados nos sites dos bancos, em 2 de abril deste ano e em 2 de outubro do ano passado. Além de comparar a diferença entre os serviços essenciais e o pacote padronizado, foi feita a comparação dos dois períodos. Em outubro do ano passado, o cliente dos serviços essenciais teve um gasto de R$ 11,05 e em abril deste ano, R$ 10,76.

A maior queda foi constatada no Banco Santander, que reduziu em 25,28% a tarifa média mensal pela renovação de cadastro e envio de talão de cheques, que passou de R$ 18,00 (em outubro de 2008) para R$ 13,45 (em abril de 2009). Em valores, a cobrança ainda lidera entre as dez instituições, empatando com o Banco Real, que diminuiu a tarifa em 0,37%, passando de R$ 13,50 para R$ 13,45.

A média das tarifas dos pacotes padronizados também caiu 6,13% no período pesquisado, passando de R$ 21,36 para R$ 20,05. À exceção do Unibanco, que reduziu a cobrança em 46,62% (de R$ 28,10 para R$ 15,00), os demais bancos mantiveram as tarifas estáveis. A maior foi verificada no Banco Real (R$ 27,00) e a menor, R$ 15,00, é a mesma fixada pela CEF, pelo Itaú e pelo Unibanco. Segundo a pesquisa, a diferença entre o maior e o menor valor cobrados chegou a 80%.

Fonte: Agência Brasil

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