1 de Agosto de 2008 às 11:00

Financeiras devem incentivar diversidade e combater assédio sexual

As financeiras deverão adotar mecanismos e estimular a criação de programas para incentivar a diversidade e combater o assédio sexual nos locais de trabalho. O compromisso foi assumido pela Fencacrefi (entidade de representação das financeiras), em negociação ocorrida na quinta-feira, 31 de julho, na sede da Contraf/CUT, como parte da Campanha Nacional dos Financiários 2008. O tema abordado nesta rodada foi saúde e condições de trabalho.
 
As empresas irão desenvolver programas de prevenção e projetos educativos em relação aos dois temas. A Contraf/CUT, que tem experiência no assunto, auxiliará na elaboração de materiais. Depois de muitos debates também foi estabelecido que haverá um levantamento nas financeiras em relação aos problemas relacionados à saúde, condições e acidentes de trabalho.
 
“Isso é um avanço, mas pequeno. Lamentavelmente, os patrões se negaram a aceitar uma série de questões previstas em nossa minuta que visam proteger os trabalhadores do ritmo estressante e das metas desumanas que hoje são impostas pelas empresas, mesmo tendo reconhecido que fazem parte da lei”, lamenta Sérgio Siqueira, diretor executivo da Contraf/CUT. Os temas voltarão à mesa de negociação após a conclusão do levantamento sobre condições de trabalho.
 
Para Sérgio, apesar de alguns avanços, muitas questões foram negadas pelas empresas, como segurança nos locais de trabalho e intervalo para atividades repetitivas, entre outras. “Mas a campanha continua. Nos próximos dias, a Contraf/CUT estará disponibilizando um jornal dirigido a este segmento para que possamos dialogar melhor com esses trabalhadores. Quem trabalha em financeira ou promotora de crédito é financiário e deve receber os direitos da convenção coletiva destes trabalhadores”, defende.
 

Contraf/CUT
 

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