23 de Abril de 2021 às 08:45

Empregados da Caixa em Campo Grande e região aprovam estado de greve

Caixa 100% Pública

Em assembleia virtual, realizada nesta quinta-feira, 22, os empregados da Caixa da base do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e região deliberaram pela decretação de estado de greve e indicação de paralisação no dia 27 de abril. A aprovação foi de 81,93% dos votantes.

Essa mobilização dos empregados da Caixa é para impedir o fatiamento da Caixa Econômica Federal. O governo federal pretende abrir o capital de uma das operações mais rentáveis do banco: a Caixa Seguridade, no dia 29 de abril.

Se concretizado, o IPO da Caixa Seguridade será o primeiro passo para a privatização do banco. Outras áreas que podem ser privatizadas são a de loterias, cartões, gestão de recursos e a plataforma digital, que será transformada em subsidiária para ser vendida. A prática é questionada no Supremo Tribunal Federal, por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5624), movida pela Fenae e Contraf/CUT.

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A gestão Bolsonaro também pressiona a Caixa pela devolução dos Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCDs) – contratos feitos junto ao Tesouro Nacional, que capitalizam o banco e permitem a ampliação da oferta de crédito, a diminuição da taxa de juros e o aumento da capacidade do banco em investimentos na habitação, saneamento, infraestrutura, entre outros.

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As manobras para desmontar a capacidade da Caixa 100% Pública

De acordo com a presidente do sindicato, Neide Rodrigues, a paralisação também é por condições de trabalho e de atendimento à população, por meio de mais contratações, proteção contra a Covid-19 e vacinação prioritária para os empregados do banco, além do pagamento  correto da PLR Social. O pagamento da PLR Social foi feito com base em 3% do lucro líquido contábil, sendo que o ACT determina o pagamento com base em 4%. 

“Não faltam motivos para os empregados se mobilizarem. Além dos ataques constantes ao banco público, os empregados também são desrespeitados ao receberem menos pela PLR Social, principalmente num momento tão conturbado, onde os bancários são expostos ao vírus para atender quem precisa do auxílio emergencial. A paralisação é mais uma atividade que cobra respeito com os empregados”, comenta Neide.

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Por: Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS (com informações Fenae e SP Bancários)

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