10 de Junho de 2022 às 13:42

Mesa de debates do 38º Conecef contribuiu com reflexões sobre democracia

Campanha 2022

 

A primeira mesa de debates desta sexta-feira (10) no 38º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef) contou com a participação do ator, humorista, roteirista e escritor Gregório Duvivier, que contribuiu com reflexões sobre democracia. O evento está sendo realizado desde quarta-feira, dia 8.

Representando a base do SEEBCG-MS, participaram do evento: de forma presencial, os delegados Laerte Jeronymo e Marileda Ourives; e de forma online, os delegados Everton José Gaeta Espindola, Jadir Fragas e Miriam Rodrigues Ferreira Barros. 

Ele alerta que muita gente acha que a democracia foi ganha. “Só que a democracia não é um sistema binário, onde se ganha e se perde. Ela é um espectro que o país precisa caminhar”. Por isso, para Duvivier, precisamos ter o compromisso de lutar pela democracia hoje, amanhã e sempre. 

“A democracia é uma pedra que a gente empurra ladeira acima e, de repente, ela rola para baixo e temos que empurrá-la novamente”, disse, ao fazer mais um alerta, com relação ao trabalho para a manutenção do sistema democrático. 

“A democracia dá muito trabalho. Ela não se ganha, precisa ser disputada diariamente no nosso cotidiano”, afirmou, citando como exemplo os discursos utilizados por Marcello Freixo e Marcelo Crivella na disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro. Crivella dizia que queria cuidar das pessoas e Freixo dizia que queria que a população construísse a administração da cidade juntamente com ele. “A democracia dá trabalho. As pessoas não querem trabalhar, querem ser cuidadas”.

Empecilhos para a democracia e o golpe

Na democracia, os empecilhos não são apenas eleitorais, segundo Duvivier, são também geográficos e citou como exemplo a cidade do Rio de Janeiro, onde grande parte dos territórios é dominada pela milícia.

“A gente sabe que está numa democracia quando as pessoas armadas estão a serviço e obedecem às pessoas desarmadas”.

Mas, para ele, Bolsonaro já nos mostrou que não é preciso dar um golpe para acabar com a democracia e, caso ocorra algum golpe no Brasil, ele não será com tanques no Congresso Nacional. “O golpe já começou quando um CEO do Bradesco dá o depoimento que deu em apoio ao Exército, ou quando os militares ocupam os ministérios e podem fazer o que quiserem, inclusive comprar próteses”, disse.

Em mensagem que veio a público no último sábado (4), o diretor-presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, elogia o Exército Brasileiro e diz que no quartel aprendeu que “missão dada é missão cumprida” e que “o soldado Lazari continua de prontidão”, o que deixou transparecer ser uma peça institucional, que poderia ser entendida como apoio do banco aos ataques à democracia que vem sendo feitos por Jair Bolsonaro e seus apoiadores. O banco negou que o vídeo seja institucional.

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Por: Contraf-CUT

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