13 de Agosto de 2020 às 17:05

Bancários discutem igualdade e querem definições da campanha

Negociação

O Comando Nacional d@s Bancári@s apresentou nesta quinta-feira (13) aos representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) as reivindicações sobre igualdade de oportunidades da categoria.

De acordo com a presidente do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues, um dos pontos debatidos na reunião está relacionado à proteção das mulheres bancárias.

Os dirigentes sindicais cobraram que os bancos incorporem à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) o canal de atendimento a bancárias vítimas de violência, que foi acordado na Campanha de 2018 e lançado oficialmente em março de 2020. Cobrou ainda que o canal seja de fato implementado por todos os bancos, já que o processo foi prejudicado pela pandemia de coronavírus.

“Assinamos o acordo para criação do canal de denúncia porque entendemos que as mulheres sofrem com a violência, e justamente com nesse momento de pandemia, o número de agressão às mulheres cresceu, e as mulheres bancárias também podem estar nesse grupo. Elas precisam do nosso apoio e do apoio dos bancos para ter condições de denunciar”, avaliou a presidente do SEEBCG-MS, que participou da reunião de negociação.

Censo

Na reunião, a Fenaban apresentou os dados do 3º Censo da Diversidade Bancária. Mas, as informações trazidas foram consideradas insuficientes pelo movimento sindical. Os representantes do Comando Nacional reivindicaram que os dados sejam apresentados de forma completa para uma análise das desigualdades que atingem @s bancári@s.

A Fenaban ficou de apresentar os dados em uma nova reunião a ser marcada. “Os dados do censo apresentados foram insuficientes. Vamos marcar uma próxima reunião para a Fenaban abrir todos os dados”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

A presidente do SEEBCG-MS também destacou a importância da apresentação dos dados detalhados pelos bancos para que o sindicato possa avaliar se houve avanços e apontar o que ainda precisa ser feito.

“Ainda temos apenas 48,8% de mulheres na categoria e isso está estagnado há algum tempo. Essa negociação é importante porque a gente cobra a igualdade de oportunidades para todos. Pedimos a inclusão de PCD’s porque a cota de 5% do total do quadro de contratação nem sempre é cumprida, também dos negros porque o número de negros atuando na área financeira é muito baixo, temos a questão das mulheres com salários menores, ocupando menos postos importantes dentro dos bancos. Então, essa mesa é importante porque temos a oportunidade de discutir e tentar avançar nessa questão da discriminação que ainda existe”, afirmou Neide Rodrigues.

Campanha

O Comando também cobrou que a Fenaban apresente, já na próxima semana, uma proposta para as reivindicações dos bancários.

“Com o fim da ultratividade, todas as cláusulas da nossa CCT perdem a validade em 31 de agosto. Portanto, temos que avançar na construção de um novo acordo até essa data. Cobramos dos bancos que eles apresentem algo já na próxima semana. Nós valorizamos o canal negocial, e esperamos dos bancos que façam o mesmo”, destacou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que representa a categoria na mesa de negociação com a Fenaban.

Calendário

A próxima reunião de negociações entre o Comando Nacional d@s Bancários e a Fenaban acontece nesta sexta-feira (14), quando serão debatidas as Cláusulas Sociais e outras reivindicações.

• Dia 14/08 - 14h Cláusulas Sociais

• Dia 18/08 - 11h/13h Cláusulas Econômicas

• Dia 20/08

• Dia 21/08 - 11h

• Dia 25/08 - 14h

• Dia 26/08 - 14h

• Dia 27/08 - 14h

• Dia 28/08 - 11h

As datas sem temas definidos serão para discussão de outros assuntos e de pontos pendentes das mesas anteriores. Por conta da pandemia do novo coronavírus, as negociações serão feitas por videoconferência.

Fonte: Contraf-CUT e SEEB-SP com acréscimo de informações

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