24 de Maio de 2018 às 17:15

Em Defesa do Saúde Caixa, diretores do SEEB-CG participam de mobilização nacional

Saúde Caixa

 

Nesta quinta-feira (dia 24), trabalhadores da Caixa estão realizando uma mobilização nacional para promover o Dia de Luta em Defesa do Saúde Caixa. Em Campo Grande, o movimento aconteceu no Centro Administrativo da Caixa. Os diretores entregaram um material explicativo para conscientizar empregados e aposentados sobre os ataques que o plano de saúde vem sofrendo por parte do governo Federal.

As resoluções publicadas pelo governo e a recente alteração no Estatuto da Caixa propõem um limite correspondente a 6,5% da folha de pagamento para a participação do banco nessas despesas, à revelia do modelo de custeio previsto no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que vigora até agosto.

Desde 2004, o banco paga 70% das despesas assistenciais e aos usuários cabem os outros 30%, mas o banco agora pretende adotar o novo limite. Assim, à medida em que as despesas médicas forem aumentando e extravasem o limite dos 6,5% da folha, as cobranças sobre os usuários vão aumentar.

“Estamos nos mobilizando e conscientizando os trabalhadores de que a forma de manter o Saúde Caixa como está, sem esse teto, é através do acordo coletivo. Se nós não conseguirmos colocar essa cláusula da manutenção do Saúde Caixa da maneira que está hoje, dificilmente vamos conseguir manter no futuro o plano que atenda bem os empregados sem aumento de custo”, afirmou o secretário de Esportes e Lazer do SEEBCG-MS e funcionário da Caixa, Jadir Fragas.

 

Para as entidades sindicais que representam os trabalhadores da Caixa, o modelo atual de custeio do Saúde Caixa vem se mostrando plenamente sustentável, já que o plano de saúde acumulou superávit que chegava a R$ 670 milhões em 2016.

“Precisamos nos mobilizar para manter o plano de saúde, que é uma das principais conquistas da categoria. Não podemos permitir a retirada de mais um direito dos trabalhadores, que já estão sofrendo com a sobrecarga de trabalho. Os bancários da ativa e aposentados precisam se unir nesta nova batalha contra uma gestão que vem promovendo o desmonte do banco público, com um único intuito: a privatização”, comentou o presidente do SEEBCG-MS, Edvaldo Barros.

“As mudanças no Saúde Caixa são muito prejudiciais tanto para os funcionários da ativa quanto para o pessoal aposentado, inclusive por causa do mal atendimento nas cidades do interior de Mato Grosso do Sul. O plano do governo é privatizar o Saúde Caixa e isso é muito ruim para todos os empregados, porque sem ele, vai ser impossível custear um plano de saúde”, ressaltou o presidente do AEA-MS, Jeovany Guedes.

 

Mobilização Fenacef

Na tarde desta quinta-feira (24), os diretores do SEEB-CG também participaram da mobilização em Defesa do Saúde Caixa organizada pela Fenacef (Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas de Caixa Econômica Federal) com apoio da Fenae/Contraf e outras entidades ligadas aos empregados da Caixa. O ato ocorreu no Clube Estoril durante a IX edição dos Jogos da Fenacef.

Na ocasião, representantes das entidades defenderam a manutenção do Saúde Caixa no modelo atual, reforçaram que os direitos foram conquistados graças a luta dos trabalhadores e que tanto aposentados quanto ativos devem participar das manifestações para impedir que as alterações no plano de saúde.

“Nós fizemos uma ação no período da manhã com os funcionários da ativa e agora aproveitamos a 9ª edição dos jogos dos aposentados para intensificar a mobilização junto a outras entidades, com a intenção de envolver e mobilizar todos na luta em Defesa do Saúde Caixa, que é uma conquista histórica do trabalhador da Caixa”, avaliou o presidente do SEEB-CG, Edvaldo Barros.

Ataques

Os trabalhadores da Caixa já vem sofrendo diversos ataques com a retirada de direitos, os descomissionamentos arbitrários, o bônus discriminatório, a verticalização das agências, a sobrecarga de trabalho, além do fechamento de postos de trabalho e de agências. Graças a programas de demissão e aposentadoria, mais de 16 mil empregados deixaram o banco desde 2015, sem que houvesse a retomada das contratações.

A nova reestruturação em curso, chamada agora de Programa Eficiência, é outro motivo de preocupação dos empregados do banco. Lançada no dia 19 de abril, a iniciativa mira na redução de despesas operacionais em R$ 2,5 bilhões até 2019.

Por outro lado, a Caixa Econômica Federal obteve um lucro líquido de R$ 12,5 bilhões em 2017. É o maior da história do banco. O resultado é 202,6% maior do que o obtido em 2016.

Por: Daiana Porto e Adriana Queiroz / Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS

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