30 de Janeiro de 2018 às 08:56

Bancos eliminaram 17,9 mil postos de trabalho em 2017

Desemprego

Entre janeiro e dezembro de 2017, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, os bancos fecharam 17.905 postos de trabalho no país. O saldo negativo foi resultado de 43.197 desligamentos nos últimos meses, muitos desses relacionados aos Programas de Desligamento Voluntário (PDV´s) do Banco Bradesco e da Caixa, divulgados logo após a aprovação da Reforma Trabalhista pelo Senado Federal. 

E persistiu a tendência de demitir quem ganha mais e contratar pagando menos. Durante todo o ano, os dispensados ganhavam em média R$ 7.456. Já a média salarial dos contratados foi de R$ 4.139, o que representa apenas 56% da remuneração dos desligados. 

Por outro lado, os cinco maiores bancos que atuam no país (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Santander) lucraram R$ 54 bilhões apenas nos nove primeiros meses de 2017, crescimento de 20,4% em relação ao mesmo período de 2016. Os dados do quarto trimestre ainda não foram divulgados. 

Esses cinco bancos empregam por volta de 90% de todos os bancários, segundo dados dos balanços das próprias instituições financeiras e do Ministério do Trabalho. Apenas com o que cobram de tarifas dos clientes, conseguem pagar todas as suas folhas salariais e ainda sobram R$ 20,5 bilhões. 

“Esses dados comprovam que os bancos seguem com sua política de exploração do país ao atingirem lucros obscenos por meio de tarifas e juros extorsivos, ao mesmo tempo em que demitem milhares de pais e mães de família sem a menor justificativa, já que os resultados das instituições financeiras só aumentam, assim como a sobrecarga de trabalho que gera tantos adoecimentos entre os funcionários remanescentes”, protesta a secretária-geral do Sindicato de São Paulo e bancária do Bradesco, Neiva Ribeiro. 

“A defesa dos empregos bancários é uma das principais lutas do Sindicato”, reforça a dirigente, lembrando que a Campanha Nacional de 2016 conquistou os centros de realocação e requalificação profissional, que devem ser criados banco a banco, para garantir os empregos dos trabalhadores, principalmente os afetados pela adoção de novas tecnologias. 

A cláusula que determina a criação desses centros foi assinada pelo Comando Nacional dos Bancários e pela Fenaban (federação dos bancos) em setembro do ano passado.“Cobramos que os bancos implantem os centros para garantir a manutenção dos empregos”, reforça Neiva.

Fonte: SEEB/São Paulo

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